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domingo, 7 dezembro, 2025

PM agride empregada doméstica por atraso de 20 minutos

Após ter sido flagrado pela câmera interna do elevador do prédio onde reside, um major da Polícia Militar do Rio de Janeiro é investigado por agredir uma diarista que se atrasou 20 minutos para o serviço. A Corregedoria da instituição informou que abriu inquérito para apurar o caso. 

De acordo com as imagens, o policial, que mora no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade, captou o momento em que o militar Bruno Chagas, sem uniforme, desferiu um tapa no rosto da funcionária Patrícia Peixoto, 33 anos. 

Em entrevista, a vítima contou que trabalha na casa da família do PM desde janeiro e que se atrasou para o trabalho depois de uma noite mal dormida ao lado da filha de um ano, que apresentou um quadro de pneumonia.

“Eu cheguei 20 minutos depois do meu horário. A mulher dele me questionou e logo atrás veio ele. A discussão aumentou e quando resolvi deixar o local, fui xingada e agredida”, conta.

Patricia revelou também que o ex-patrão entrou no elevador com ela, com o objetivo de retirar os pertences da esposa dele, que estavam no carro da funcionária. O veículo estava emprestado desde maio ao casal. 

“Falei que ia embora, mas que ia levar o meu carro que estava emprestado com eles, pois o deles deu problema. Quando o elevador desceu, saí pedindo ajuda e uma vizinha me colocou para dentro”, afirmou. Patrícia só deixou o apartamento da vizinha após a chegada do marido dela.

Câmeras de segurança

As imagens do circuito interno de segurança mostram o momento em que o PM entra no elevador acompanhado de Patrícia às 10h17. Ele aparece nas imagens com o dedo em riste. 

Os dois discutem no elevador e a funcionária se afasta. Posteriormente, o PM se aproxima da mulher com o dedo voltado para o rosto dela. Patrícia afasta o ex-patrão e pede para que ele retire o dedo de seu rosto. Ele acaba a agredindo com um tapa no rosto. A mulher tenta revidar. “Ele disse ainda que eu podia dar parte dele que nada ia acontecer, pois ele era major da PM”, revela.

A ex-funcionária revela que tem dormido com medo de uma retaliação. O advogado da funcionária vai pedir uma medida protetiva contra ele. 

A diarista chegou na casa da família do policial em janeiro, depois de ser demitida de uma empresa onde trabalhou por dois anos como arrumadeira. Ela foi indicada para a casa do PM por uma conhecida em comum.

Em nota, a PM informou que a Corregedoria da corporação já está com as imagens que mostram a agressão e afirmou que foi aberta uma investigação sobre o caso. 

Procurado por telefone pela reportagem, o policial disse que, por orientação de seus advogados, não vai comentar o caso. O major ainda não teve acesso aos autos do inquérito. (UOL)

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