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quarta-feira, 5 fevereiro, 2025

Volta às aulas sugere importância da vacinação

No retorno dos estudantes às salas de aula é importante que os responsáveis confiram se a carteira de vacinação está em dia. “Toda vez que você tiver um grupo grande de crianças ou de adolescentes convivendo, tem um aumento de risco de transmissão de doenças. Então, é por isso que vacinar significa se proteger daquela doença e também proteger a coletividade”, explica a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Balallai.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza 16 vacinas para crianças e adolescentes, protegendo-os contra mais de 20 doenças. Além disso, o SUS oferece vacinas contra a dengue, aplicadas nas regiões com maior risco de contágio, e contra a influenza, com campanhas anuais. Há ainda imunizantes especiais voltados para grupos específicos da população.

Algumas vacinas exigem duas ou três doses, e outras precisam de reforço para manter a proteção ao longo do tempo. Isso significa que a imunização não depende apenas das visitas iniciais ao posto de saúde, mas também de um acompanhamento contínuo, incluindo para crianças mais velhas e adolescentes.

Segundo Ana Medina, imunologista e gerente médica de vacinas da farmacêutica GSK, o calendário vacinal do Brasil é robusto, mas a quantidade de doses e os diferentes intervalos podem gerar confusão entre os responsáveis. Momentos como a volta às aulas são ideais para conferir se a carteira de vacinação está em dia, garantindo que as crianças e adolescentes estejam devidamente protegidos.

A especialista destaca que, após as férias, as crianças retornam ao ambiente escolar, que, embora seguro, tem maior potencial para transmissão de doenças infecciosas. Isso ocorre devido à aglomeração, salas fechadas com ar condicionado e o compartilhamento de objetos, como brinquedos e utensílios pessoais, que aumentam o risco de contágio. “Eles voltam com aquela saudade, querem abraçar, beijar. E isso também contribui para a transmissão”, alerta Ana Medina.

Desde o ano passado, a vacina contra a Covid-19 faz parte do calendário básico de imunização do SUS, e todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos devem receber duas ou três doses, dependendo do imunizante. No entanto, de acordo com o painel de cobertura vacinal do Ministério da Saúde, apenas 32,4% do público-alvo dessa faixa etária tomou pelo menos duas doses até agora.

Isabella Ballalai, diretora da SBIm, destaca que a vacinação de crianças e adolescentes é fundamental não só para a proteção individual, mas também para a saúde coletiva, pois eles são grandes vetores de agentes infecciosos. “A literatura mostra que a primeira onda de casos de influenza na sazonalidade ocorre entre as crianças. Em ambientes coletivos, como as escolas, os surtos são mais do que comuns, com crianças se infectando, adoecendo e transmitindo a influenza”, explica.

Por isso, é essencial que crianças de 6 meses a menores de 6 anos sejam imunizadas nas campanhas anuais contra doenças como influenza, pneumococo e meningococo. Além disso, para interromper a cadeia de transmissão, a especialista recomenda que crianças com sintomas como febre, tosse e coriza fiquem em casa até estarem totalmente recuperadas, além de pelo menos 24 horas após o desaparecimento dos sintomas.

Outra medida importante é a vacinação de profissionais das escolas, para que não se contaminem e não transmitam doenças aos alunos.

Resumo: A vacinação contra a Covid-19 é essencial para crianças, mas a cobertura ainda está abaixo do esperado. Além disso, a imunização de crianças e adolescentes ajuda a prevenir surtos de doenças como influenza, pneumococo e meningococo, protegendo a saúde coletiva.

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