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terça-feira, 11 fevereiro, 2025

Escorpiões atacam mais no calor; seis dicas para evitar acidentes

Os acidentes envolvendo escorpiões têm se tornado um problema de saúde pública no Brasil. Os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que em 2023 foram registrados mais de 200 mil casos de picadas por esses animais peçonhentos e 134 mortes. Jovens com idade entre 20 e 29 anos são os principais alvos, seguido pelos grupos de 40 a 49 anos, 30 a 39 anos e 50 a 59 anos.
Para André Costa, médico-veterinário e docente no Centro Universitário Facens, é possível contornar os riscos com medidas preventivas e maior conscientização da população. “Os escorpiões mais comuns na região são o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) e, em menor número, o escorpião-preto (Tityus bahiensis). Ambos são peçonhentos e possuem toxinas de importância médica, o que significa que, em caso de picada, podem causar sintomas como dor intensa, náuseas, inchaço e inflamação no local afetado. Em situações mais graves, dependendo da quantidade de veneno injetado e da sensibilidade da vítima, a picada pode levar ao óbito”, diz.
De acordo com o especialista, os escorpiões têm hábitos noturnos e saem em busca de alimentos, como insetos, durante a noite. De dia, costumam se esconder em locais escuros e úmidos. “Nos dias mais quentes do ano, são mais ativos e podem ser encontrados em tubulações de esgoto, entulhos, terrenos baldios e até dentro de casas, em calçados ou móveis”, explica Costa.

Seis dicas para evitar acidentes:
Evite o acúmulo de materiais onde eles possam se esconder, como entulho;
Limpe o quintal sempre e não deixe pneus ou materiais recicláveis no terreno;
Fazer a roçagem também diminui os locais de abrigo dos escorpiões;
Mantenha ralos fechados;
Sacuda as roupas e calçados antes de usá-los;
Use luvas e botas ao manusear materiais acumulados ou trabalhar em jardins.

Os escorpiões representam riscos tanto para humanos quanto para animais de estimação. Em caso de picada em pessoas, a recomendação é lavar o local com água e sabão e procurar atendimento médico imediatamente. “Não faça torniquetes, nem corte, fure ou esprema o local, tampouco sugue o veneno com a boca. Se possível, tire uma foto do escorpião para identificação e procure o Centro de Controle de Zoonoses do seu município”, alerta o especialista.
Já para os pets, os riscos também são significativos. “A toxina escorpiônica pode ter efeitos variados, dependendo da espécie, tamanho e condição de saúde do animal. Em alguns casos, pode levar ao óbito. Animais de pequeno porte costumam ser mais sensíveis”, explica André. Ele ressalta que, embora não exista antiveneno específico para animais, a recomendação é buscar atendimento veterinário imediato em caso de acidente.

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