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quarta-feira, 12 março, 2025

Pagamento por aproximação cresce quase 50%

O valor movimentado por pagamentos por aproximação cresceu 48,3% em 2024, atingindo R$ 1,5 trilhão. Com isso, a modalidade se consolidou como a principal escolha dos brasileiros para pagamentos presenciais com cartão, respondendo por 67,2% das transações em estabelecimentos físicos.

No ano, foram realizados 23,6 bilhões de pagamentos por aproximação, um aumento de 34,9% em relação a 2023. Isso significa uma média de 2,6 milhões de transações por hora.

Embora a maior dessas transações ainda seja feita com cartões (74%), os celulares já representam uma parcela significativa, com 33% das operações. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que representa a indústria de meios eletrônicos de pagamento.

Em 2024, o volume de pagamentos com cartões de crédito, débito e pré-pagos alcançou R$ 4,1 trilhões, um crescimento de 10,9% em relação ao ano anterior. A previsão para 2025 é que esse valor ultrapasse R$ 4,5 trilhões, com um aumento entre 9% e 11%.

Giancarlo Greco, presidente da Abecs, destaca que o baixo índice de desemprego e o bom desempenho do setor de comércio são fatores-chave para o crescimento.

Parcelamento e principais setores de crescimento

A Abecs também revelou que o parcelamento sem juros (PSJ) representa 41% do valor total movimentado no cartão de crédito, com 65% das compras parceladas feitas em até seis vezes sem juros. Entre os setores que mais impulsionaram os pagamentos, os pet shops lideraram o comércio com um crescimento de 22%, enquanto o segmento de cuidados pessoais foi o maior impulsionador entre os serviços, com alta de 25%.

Crescimento no crédito e retração no débito

O cartão de crédito manteve sua liderança em 2024, com R$ 2,8 trilhões movimentados, um aumento de 14,6%. O cartão de débito registrou uma leve queda de 0,1%, totalizando R$ 1 trilhão. O cartão pré-pago, por sua vez, teve o maior crescimento percentual, com avanço de 18,1%, atingindo R$ 379,4 bilhões em transações.

Em fevereiro, termina o prazo para que todos os bancos ofereçam o Pix por aproximação aos seus clientes, o que pode reduzir o uso da função débito. Para Greco, a tendência é que essa modalidade “ande de lado” nos próximos meses, podendo até registrar uma leve queda.

— Quase 75% das transações hoje são realizadas por meio de Pix e cartão de crédito. A batalha ainda é contra o uso de papel-moeda. Acreditamos que o cartão de débito ficará em segundo plano, possivelmente registrando uma leve queda em 2025 — afirmou o presidente da Abecs.

Europa concentra gastos no exterior

Em 2024, os brasileiros aumentaram seus gastos no exterior, com um crescimento de 19,7% em relação ao ano anterior, movimentando US$ 15,8 bilhões.

A Europa se consolidou como o principal destino desses gastos, com um avanço de 30,9%, totalizando R$ 38,6 bilhões. O continente agora representa 45% do total, ampliando sua liderança e superando os Estados Unidos por 9,1 pontos percentuais. Os gastos nos EUA também cresceram, com um aumento de 23,8%, alcançando R$ 30,7 bilhões.

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