Uma idosa de 65 anos foi intubada e precisou amputar uma das pernas depois de sofrer um acidente enquanto descia de um ônibus do transporte coletivo de Jundiaí, no dia 10 de fevereiro. A prefeitura apura o caso.
De acordo com Graziele Arruda, filha de Maria Aparecida dos Santos Arruda, a idosa pegou o ônibus no Jardim Esplanada por volta de 13h10. Ela acionou a parada 20 minutos depois para descer em frente à Faculdade de Medicina, quando o motorista teria avançado antes que a idosa desembarcasse.
“Ele fechou a porta, ela não tinha mais onde se apoiar e, aí, ela caiu e o ônibus saiu andando. Testemunhas nos disseram que começaram a gritar para avisar o motorista, só aí que ele parou. Disseram que ele pediu desculpa e alegou que não tinha vista ela descendo”, relata a filha.
Maria foi socorrida por funcionários da Faculdade de Medicina e levada ao hospital por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
“Me ligaram e eu fui correndo para o hospital. O médico falou que ela tinha chegado em estado grave, que eles fizeram de tudo para salvar a vida dela, porque ela tinha perdido muito sangue e precisou amputar a perna esquerda”, conta.
Segundo a filha, um fiscal da empresa Viação Jundiaiense, que administra o transporte coletivo da cidade, foi até o hospital e disse para a família que a idosa teria enroscado o pé e perdido o equilíbrio no momento de descer do veículo.
Conforme o boletim de ocorrência, o motorista informou que, com a queda, a vítima fraturou o fêmur esquerdo e que o ônibus estava parado no momento em que a idosa desembarcava.
“Eu falei para o fiscal que, se tivesse sido simplesmente uma queda, a minha mãe não teria precisado amputar uma parte do corpo. A minha mãe relatou isso, eu tenho testemunhas que também relataram isso, que falam que o motorista andou por pelo menos dois metros com a minha mãe enroscada no ônibus.”
Em nota, a prefeitura lamentou o ocorrido e informou que acompanha o caso junto à operadora responsável.
“A operadora informou que está prestando assistência à família. Além disso, a unidade está apurando as circunstâncias do ocorrido para avaliar eventuais fatores de risco na operação e adotar medidas que reforcem a segurança dos usuários. As demais responsabilidades relacionadas ao caso serão investigadas pelas autoridades competentes, e a prefeitura dará todo o suporte necessário no fornecimento de informações e esclarecimentos.”
Graziele diz que a mãe foi extubada na quinta-feira (13) e permanece internada, em observação, no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo.
“Aparentemente, ela está conseguindo lidar bem com a nova condição dela. Agora, a gente está correndo para mudar as coisas em casa, fazer uma rampa de acesso, modificações para poder recebê-la quando ela tiver alta do hospital”, comenta Graziele.