O Governo do Estado de São Paulo declarou, nesta quarta-feira (19), situação de emergência devido ao avanço dos casos de dengue. A medida visa intensificar ações de combate e prevenção à doença, que tem afetado diversos municípios.
O Governo de São Paulo declarou, nesta quarta-feira (19), situação de emergência devido ao agravamento da epidemia de dengue no estado. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, durante evento realizado no Centro de Operações de Emergências (COE), no Instituto Butantan.
A Secretaria de Saúde também apresentou novas estratégias e medidas de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença.
Em 2025, o estado já registrou 104 mortes confirmadas por dengue, com outras 226 óbitos sob investigação. Além disso, foram contabilizados 117.502 casos confirmados da doença. A situação é considerada grave, com uma taxa de incidência de 264,3 casos por 100 mil habitantes, o que coloca São Paulo perto do limite para ser classificado como um quadro epidêmico, conforme os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Esse aumento no número de casos acende um alerta para as autoridades, que intensificarão esforços para controlar a propagação do vírus.
Além disso, Paiva anunciou o aumento do financiamento para internações de pacientes com dengue e a destinação de R$ 3 milhões para a compra de 100 novos equipamentos de nebulização portátil, além de 10 unidades de nebulização ambiental. Essas ações fazem parte das medidas para intensificar o combate à proliferação do Aedes aegypti e conter o avanço da doença.
Até o momento, ao menos 8 regiões do estado de São Paulo foram classificadas como áreas de epidemia, incluindo Araçatuba, São José do Rio Preto, São João da Boa Vista, Araraquara, Ribeirão Preto, Marília, Presidente Prudente e Barretos.
São José do Rio Preto é a cidade que lidera o número de mortes, com 10 óbitos confirmados, seguida por Mogi Guaçu (8) e Jaboticabal (6). Até agora, foram aplicadas 107,2 mil doses da vacina contra a dengue, com a imunização focada em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos.
O governo paulista trabalha para conter a disseminação da doença e evitar que os números de óbitos ultrapassem os registrados no ano passado, quando, na mesma semana epidemiológica, já haviam sido confirmados 160 casos fatais.