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quinta-feira, 27 fevereiro, 2025

Mitos e Verdades sobre o Carnaval: O que é fato e o que é fake?

O Carnaval é uma das festas mais aguardadas do ano, reunindo milhares de pessoas em blocos de rua, desfiles de escolas de samba e eventos cheios de animação. No entanto, para aproveitar a folia com segurança e bem-estar, é essencial estar atento a alguns cuidados importantes. Entre as principais dúvidas que surgem nesse período estão questões sobre hidratação, alimentação, consumo de bebidas alcoólicas, uso de preservativos e prevenção de doenças. Para esclarecer mitos e verdades sobre o Carnaval e garantir que os foliões aproveitem a festa sem riscos à saúde, o clínico médico e endocrinologista Caio Guanais, do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), traz informações valiosas.
Se você já acha que beber cerveja hidrata, se engana. Apesar de ser líquida, é mito que beber cerveja hidrata. Isso porque a bebida tem efeito diurético, ou seja, aumenta a eliminação de líquidos e pode levar à desidratação, principalmente em dias quentes. “Nenhuma bebida alcoólica substitui a água. Para manter o corpo hidratado, prefira água, água de coco, sucos naturais ou isotônicos, que ajudam a repor eletrólitos perdidos no suor. Também é falso acreditar que o suor elimina o álcool do corpo. A maior parte do álcool é metabolizada pelo fígado, enquanto apenas uma pequena quantidade sai pelo suor, respiração e urina. Não adianta suar mais para acelerar esse processo. A melhor forma de ajudar o corpo é beber bastante água e dar tempo ao fígado para cumprir sua função”, orienta o médico.
Por outro lado, é verdade que o Carnaval pode aumentar a transmissão de doenças. A aglomeração facilita a propagação de infecções como gripe, Covid, mononucleose e doenças sexualmente transmissíveis. Para reduzir os riscos, mantenha a higiene das mãos, evite compartilhar copos e garrafas, use preservativos durante as relações sexuais e mantenha a vacinação em dia. Outro fato é que comer antes de beber pode reduzir a ressaca. Uma refeição rica em proteínas e gorduras saudáveis, como carnes magras, queijos e oleaginosas, ajuda a retardar a absorção do álcool, evitando picos de intoxicação e aliviando os sintomas no dia seguinte.
Durante o Carnaval, a combinação de calor intenso, consumo de álcool e longas horas de exposição ao sol pode levar à desidratação severa. Os principais riscos incluem tontura e fadiga; queda de pressão e desmaios; dores de cabeça; câimbras musculares e hipertermia. Para evitar esses sintomas é preciso beber água regularmente, mesmo sem sede; alternar bebidas alcoólicas com copos de água; consumir alimentos ricos em água, como frutas; usar roupas leves e frescas; e procurar locais com sombra sempre que possível.
“Sobre a proteção solar, o ideal é usar um protetor solar com FPS 30 ou superior, dependendo do tom de pele. Pessoas com pele mais clara devem optar por FPS 50 ou mais. Além do FPS, é importante que o filtro tenha proteção UVA e UVB e seja reaplicado a cada 2 horas ou sempre que houver suor excessivo”, pontua Caio.
O calor e o uso de fantasias podem causar alergias na pele. O calor excessivo e o atrito das roupas podem causar dermatites de contato, assaduras e brotoejas. Para prevenir, o especialista orienta que os tecidos sejam leves e respiráveis, como algodão; que os foliões evitem fantasias muito justas ou com materiais sintéticos que irritem a pele; usem hidratantes ou pomadas preventivas (com óxido de zinco) nas áreas de atrito, como coxas e axilas; e após a folia, tomem banho com sabonete neutro e hidratem bem a pele.
“Para evitar imprevistos, um pequeno kit de primeiros socorros também pode ser muito útil. Alguns itens são essenciais, como protetor solar e repelente; analgésico (como paracetamol ou dipirona) para possíveis dores de cabeça; curativos adesivos para bolhas e pequenos cortes; lenços umedecidos e álcool em gel para higiene das mãos; barrinhas de cereal ou castanhas para manter a energia; preservativos para proteção em relações sexuais; e soro fisiológico para lavagem dos olhos em caso de contato com produtos químicos. O importante é que a festa seja segura”, finaliza Guanais.

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