A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,8% no trimestre terminado em fevereiro, apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice subiu 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, encerrado em novembro de 2024. Naquele mês, a taxa de desocupação foi de 6,1%, a menor de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 2012.
Apesar da alta do desemprego neste trimestre, o rendimento dos trabalhadores chegou ao recorde da série (R$ 3.378), assim como o número de trabalhadores com carteira assinada, que alcançou o total de 39,6 milhões de pessoas.
A taxa de desocupação ficou 1,0 ponto percentual abaixo da registrada no mesmo período do ano passado, alcançando 6,8%.
Em relação ao trimestre anterior, a população desocupada cresceu 10,4%, somando 7,5 milhões de pessoas. Contudo, esse número é 12,5% inferior ao registrado no mesmo trimestre de 2024.
De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “essa alta segue o padrão sazonal da PNAD contínua, com a tendência de expansão da busca por trabalho nos meses do primeiro trimestre de cada ano”.
Carteira assinada bate recorde
A população ocupada no Brasil atingiu 102,7 milhões de trabalhadores, apresentando um recuo de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Apesar da queda, esse número ainda é 2,4% superior ao registrado no mesmo período de 2024.
O número de empregados com carteira assinada no setor privado atingiu 39,6 milhões, estabelecendo um novo recorde desde o início da série histórica em 2012. O contingente cresceu 1,1% no trimestre e 4,1% no ano, impulsionado principalmente pelo setor do comércio, segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.
Por outro lado, o número de empregados sem carteira no setor privado caiu 6,0% no trimestre, mantendo-se estável em relação ao mesmo período do ano passado, somando 13,5 milhões de trabalhadores. Já o setor público registrou 12,4 milhões de empregados, com uma queda de 3,9% no trimestre, mas crescimento de 2,8% no ano.
O número de trabalhadores por conta própria permaneceu estável no trimestre, totalizando 25,9 milhões de pessoas, mas apresentou um aumento de 1,7% em comparação com o mesmo período de 2024.
Com esses movimentos, a taxa de informalidade registrou uma leve queda, passando de 38,7% no trimestre encerrado em novembro de 2024 para 38,1%, representando 39,1 milhões de trabalhadores informais.