A última quinta-feira (15) ficará para sempre na memória dos moradores do Jardim Ritoni. Após mais de 25 anos de luta e espera, 138 famílias receberam as matrículas regularizadas de suas propriedades. O documento representa não apenas a legalidade do imóvel mas o reconhecimento oficial de que aquele lar, construído com tanto esforço, agora é verdadeiramente seu.
A cerimônia foi realizada com a presença do prefeito Gustavo Martinelli, do vice-prefeito Ricardo Benassi, do superintendente da Fumas Jeferson Coimbra, diretores e funcionários da Fumas e da comunidade local. Para muitos, foi o encerramento de uma longa jornada marcada por persistência, união e esperança.
A história do Jardim Ritoni começou em 1995, com a venda de partes ideais de uma propriedade da família Ritoni. Ao longo dos anos, a área foi sendo dividida e ocupada por 65 famílias, que depois se multiplicaram. A regularização só começou a se tornar possível com a promulgação da Lei Complementar nº 358/2003, que abriu caminho para legalizar áreas parceladas irregularmente.
Foi com a fundação da Associação de Moradores do Jardim Ritoni, em 2006, que a luta ganhou corpo e organização. À frente dessa batalha esteve Evandro Aparecido Baptista, morador do bairro há 27 anos e presidente da associação há 19. “Foram muitas lutas. Conseguimos iluminação pública, água, esgoto, asfalto…cada ano era uma batalha diferente. Fizemos arrecadação entre os moradores, pagamos áreas públicas em pecúnia para a Prefeitura. E hoje, chegar aqui e ter a matrícula na mão é sensação de dever cumprido. A gente sempre pagou IPTU, mesmo com inadimplência, dividíamos os valores entre todos. Agora, tudo valeu a pena”, contou Evandro.
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