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quinta-feira, 29 maio, 2025

Reflexão crítica sobre a “Geração pra Frente” levanta debate sobre saúde mental e medicalização silenciosa

Texto publicado nas redes sociais propõe reflexão sobre o comportamento da juventude atual e o impacto da performance de bem-estar

Um texto reflexivo publicado no perfil @caos.sutil vem ganhando atenção ao criticar a forma como a sociedade tem interpretado o comportamento da juventude contemporânea. A chamada “Geração pra Frente”, como vem sendo apelidada pela mídia, troca práticas como o consumo de álcool por rotinas de autocuidado, terapias e dietas. No entanto, o conteúdo questiona se essa mudança seria de fato um avanço ou apenas uma nova roupagem para o mesmo vazio estrutural.

Citando Freud e Lacan, o texto aponta que o desejo reprimido retorna como sintoma, e que a suposta saúde e equilíbrio podem ser apenas uma anestesia socialmente aceita. Em vez das baladas e excessos, entram antidepressivos, moduladores hormonais e rituais estéticos como Ozempic, anabolizantes e ciclagens emocionais, que expõem uma estética de contenção e controle — não raro, romantizada pelas redes sociais e pela própria mídia.

A publicação também apresenta dados da OMS, destacando que o uso de antidepressivos entre jovens de 15 a 29 anos cresceu 30% nos últimos cinco anos, sugerindo que o novo hedonismo é interno, químico e silencioso. A crítica principal recai sobre a medicalização da subjetividade como forma de manutenção da funcionalidade, o que seria a verdadeira face do novo ideal de performance emocional.

“Quanto mais performamos saúde, menos espaço damos ao desejo”, conclui o texto, que termina com um convite à reflexão: “A pergunta não é o que essa geração parou de fazer, mas o que ela está fazendo em silêncio, sob aplausos.”

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