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segunda-feira, 15 setembro, 2025

Sedentarismo e home office aumentam risco de trombose

Inchaço súbito em apenas uma perna, dor ou sensação de peso local, vermelhidão ou coloração arroxeada, endurecimento em uma área da perna e aumento da temperatura local são os principais sinais da Trombose Venosa Profunda. A condição afeta um a cada mil adultos por ano no mundo, com incidência crescente após os 45 anos, e conta com uma data própria no calendário: 16 de setembro, seu Dia Nacional de Combate e Prevenção, que reforça a importância de adotar um estilo de vida saudável e evitar longos períodos de imobilidade.

A doença está entre as principais causas de morte globais, associada a um quarto dos óbitos, e pode evoluir para complicações graves, como a embolia pulmonar. Nesse caso, os sintomas incluem falta de ar, dor no peito e palpitações, todos sinais de alerta que exigem atendimento médico imediato.

A trombose venosa ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma dentro de uma veia, geralmente nas pernas. Além de dor e inchaço, pode gerar sequelas a longo prazo, como a síndrome pós-trombótica, caracterizada por dor crônica, edema, escurecimento da pele e até úlceras.

Segundo Juliana Sander Suguita, angiologista e cirurgiã vascular, a rotina prolongada em frente ao computador contribui para o aumento do risco. “Ficar muito tempo parado, especialmente com as pernas dobradas, dificulta o retorno do sangue ao coração. Isso gera estase sanguínea, ou seja, o sangue fica acumulado e pode coagular. No home office, muitas pessoas passam horas sentadas, com pouca hidratação, o que favorece a trombose”, explica a especialista.

A médica reforça que hábitos cotidianos podem fazer toda a diferença na prevenção, especialmente para quem trabalha muitas horas diante do computador, e lista cinco medidas simples para prevenir a trombose:

Levantar-se a cada 1 hora para caminhar um pouco.

Fazer movimentos com os pés (flexão e extensão) enquanto estiver sentado.

Manter-se bem hidratado, priorizando água em vez de bebidas com cafeína.

Evitar cruzar as pernas por longos períodos.

Usar meias elásticas de compressão graduada, quando houver predisposição (sob orientação médica).

Além disso, a hidratação desempenha papel central: manter o corpo bem abastecido de água deixa o sangue mais fluido e reduz o risco de coágulos.

A especialista também alerta para crenças equivocadas. “É mito achar que a trombose só ocorre em pessoas com varizes. Outro mito é pensar que a doença afeta apenas idosos. Ela pode atingir jovens e até atletas, principalmente quando há fatores de risco como uso de anticoncepcionais, longos voos, predisposição genética ou pós-operatórios”, esclarece.

Além do sedentarismo, outros fatores que podem aumentar a probabilidade de trombose são: “uso de anticoncepcionais hormonais (sobretudo se combinados ao tabagismo), histórico familiar, cirurgias recentes ou imobilização prolongada, gravidez e pós-parto, obesidade, varizes, câncer e doenças autoimunes ou inflamatórias”, conclui.

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