O ambulatório de Pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí virou palco de festa na terça-feira (4). A aniversariante era Paolla Oliveira, de 8 anos, paciente da instituição desde 2021 e dona de uma alegria que já virou marca registrada entre médicos, enfermeiros e funcionários. Diagnosticada com Disfunção Miccional, a menina fez questão de comemorar o dia com quem, segundo ela, “cuidou dela como família”.
A ideia partiu da própria Paolla, e a mãe, Kelly, não pensou duas vezes antes de abraçar o pedido. E festa teve de tudo: bolo, presentes, música, duas amigas convidadas, equipe completa do ambulatório e até a presença de dois policiais — um desejo especial da aniversariante, que também fez questão de testar a sirene da viatura. “Eu apertei os botões e fez barulho”, contou, empolgada.
Para o médico Emmanuel Machado de Oliveira, que acompanha o caso atualmente, o pedido da menina deixou toda a equipe comovida. “Ela podia ter escolhido qualquer lugar para comemorar, mas escolheu estar aqui, com a gente. Isso diz muito sobre o vínculo que se constrói quando o cuidado vai além do procedimento médico”, afirmou.
O médico destaca que Paolla, mesmo tão pequena, ensina diariamente força, esperança e resiliência. “Hoje, o ambulatório deixou de ser um lugar de consultas para se tornar um espaço de celebração. O remédio foi o sorriso. O abraço, o alívio. A Paolla nos lembrou que, mesmo em meio a dor, a vida sempre encontra um jeito de florescer. Saímos daqui diferentes, gratos, e com a certeza de que curar também é amar”, completou.
A festa, mais do que um aniversário, reforçou algo que não cabe em receita médica: vínculo, afeto e humanidade. Uma pequena paciente que, sem saber, deu uma grande aula sobre o que realmente sustenta a saúde — o cuidado que acontece antes mesmo do estetoscópio.




