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quinta-feira, 13 novembro, 2025

Mudanças climáticas agravam doenças respiratórias e infecciosas

O aumento das temperaturas e a intensificação de eventos climáticos extremos, como queimadas e secas prolongadas, estão afetando diretamente a saúde humana. A avaliação é da médica infectologista Tânia Marcial, professora de Práticas Médicas do SUS na Faseh.

Segundo a especialista, o aquecimento global intensifica ondas de calor, aumenta a ocorrência de queimadas e compromete a qualidade do ar, favorecendo o surgimento e o agravamento de doenças respiratórias. “Partículas finas suspensas no ar, formadas pela combustão incompleta de biomassa, veículos, indústrias e queimadas, além do ozônio e do gás carbônico, causam doenças respiratórias e pioram quadros em pessoas com asma e DPOC, por exemplo”, explica Tânia. Ela destaca que as secas e o calor extremo também concentram alérgenos, ampliando crises respiratórias e impactando especialmente populações vulneráveis.

Do ponto de vista das doenças infecciosas, a médica alerta para mudanças na ecologia de vetores, que favorecem a proliferação de mosquitos transmissores de dengue, Zika, Chikungunya e malária. “Eventos de enchente após períodos de seca também facilitam surtos de leptospirose, diarreias e hepatite A”, completa.

Para Tânia Marcial, é fundamental adotar uma visão integrada da saúde, conforme propõe o conceito de Saúde Única (One Health), abordagem que reconhece a interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental. “Saúde não significa apenas ausência de doença. Está relacionada à qualidade de vida e ao bem-estar. Saúde Única é mais do que um conceito, é uma forma de pensar e agir em rede, buscando equilíbrio ecológico como base para o bem-estar humano”, ressalta.

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