O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) condenou o cirurgião Jalma Jurado, de Jundiaí, por imperícia e negligência. O julgamento aconteceu na semana passada, e é o primeiro passo para a cassação do registro do médico. Jalma era tido como o mestre em cirurgia de mudança de sexo. As denúncias contra ele incluem lesão corporal, mutilação e homicídio, mas o processo está em segredo.
É a primeira vez que um dos processos movidos por vítimas contra Jurado chega à câmara do Cremesp. O rito da cassação de um médico no Brasil inclui mais uma votação pelo colegiado do Cremesp e depois pelo Conselho Federal de Medicina, sem prazo determinado para acontecer. Há ainda a possibilidade do médico recorrer à Justiça comum para continuar exercendo a profissão.
Em nota, a advogada de Jurado, Bárbara Finholdt Fernandes, afirma: “Primeiramente informamos que os processos estão protegidos por sigilo, para benefício das partes envolvidas. Esclarecemos que não há qualquer decisão definitiva”. Outros casos contra Jurado correm no Cremesp. O Cremesp informou, via assessoria, que não comenta a decisão.