Dessa vez a Globo se superou ao formar um verdadeiro circo dos horrores no reality show
Que existem dúvidas (e muitas) sobre a qualidade e o bom gosto do Big Brother, é um fato. Mas nessa edição, o BBB 15, a Globo conseguiu se superar. De propósito, os participantes são escolhidos por suas “qualidades”, como falar palavrão, discutir, liberar geral, ter histórias escabrosas pra contar e outras mais.
As primeiras edições do programa mostravam tímidas cenas de algum tipo de amasso sob as cobertas. Mostrava uma ou outra história de algum participante, normalmente pobre vítima de alguma situação. Isso antes. Agora descambou de vez.
Na edição anterior, por exemplo, havia duas mulheres que formaram um casal e ganharam fama. Depois do programa, inclusive, uma delas, que era casada, afirmou que sua namorada iria morar com ela e o marido.
Neste ano não teve disso. Mas teve uma participante que aconselhou o parceiro a tomar um banho após uma noite de intensa bolinação. Outra – ou a mesma – que pediu à produção a pílula do dia seguinte, desconfiando que estava grávida. Deixando o moralismo de lado, a mocinha foi imprudente ao extremo ao fazer sexo sem preservativo com alguém que mal acabara de conhecer.
Um participante disse que já havia espancado a namorada. Outra afirmou que traía o namorado abertamente. O que a Globo mostra, infelizmente, se torna moda. No caso, os maus exemplos ficam.
A Globo arrecada uma fortuna com o BBB. Só em ligações telefônicas, cuja receita divide com as empresas operadoras, fica pago o custo do programa. Outras empresas nada bobas patrocinam mais e expõem suas marcas, sabendo que o público otário irá consumi-las.
Fala-se abertamente nos corredores da Globo que esta será a última edição do Big Brother (que os anjos digam amém). Perto do que a Globo mostra hoje, na TV aberta, a primeira Casa dos Artistas de Silvio Santos nada mais foi que um colégio de freiras.