Quadrilha roubou tubulações de mais de uma tonelada

Tudo o que sobrou foram imagens feitas por satélite, de um depósito que deveria estar vigiado: antes, lotado de tubos, depois, vazio. Agora a Polícia Civil de Jundiaí está investigando a história. Cada peça roubada pesa mais de uma tonelada e têm sete metros de comprimento. Pra transportar isso, são precisos, no mínimo, um caminhão e um guindaste. Mas ninguém viu nada.
Segundo a Polícia, 200 tubos foram roubados. Ninguém sabe quantas viagens foram feitas de caminhão para levar tanta coisa. O que a Polícia tem, além das imagens de satélite, são algumas gravações feitas por câmeras de segurança.
Os tubos estavam em Itatiba, e se destinavam a uma adutora para um novo sistema de abastecimento da Sabesp. O trabalho da Polícia vem dando resultados. Parte do que foi roubado foi achada numa empresa em Campinas. Outra parte, segundo a Polícia, foi levada para outros estados. Dez pessoas já foram ouvidas oficialmente em depoimentos no inquérito.
Esses tubos seriam usados numa adutora de três quilômetros, que vai pegar água do Rio Atibaia. A solerte Sabesp, dona dos tubos, percebeu que alguma coisa estava errada e fez boletim de ocorrência. E depois distribuiu nota oficial afirmando que não precisou parar com o serviço por causa do sumiço dos canos gigantes.
Gasolina – No Rio Grande do Sul a criatividade imperou no furto. Uma dupla, presa pela polícia, acabou contando a história. Na Refinaria Aberto Pasqualini, em Canoas, um pessoal fez uma ligação clandestina num duto da Petrobras, o chamado “gato”. Por essa ligação, a gasolina era desviada e colocada em caminhões, que abasteciam postos daquela região.
Com a dupla, foram encontrados documentos que comprovam a ação criminosa. Um caminhão-tanque, usado pela quadrilha, tinha o equivalente a R$ 50 mil em gasolina. Também foram achados cheques. Mas o crime é suave: furto qualificado.