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quarta-feira, 24 abril, 2024

Várzea, a cidade-problema, agora está nas mãos de Deus

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Fruto de administrações desastrosas, Varzea Paulista é a que mais tem problemas em seus 50 anos
Desde que se tornou município, Várzea Paulista só acumulou problemas. Sua geografia, a princípio, era estranhíssima – casas ao longo do corredor formado pela avenida Fernão Dias Paes Leme. Depois ficou pior, com os loteamentos feitos a olho e com as ocupações já legalizadas, como a Vila Real.
Tem poucas indústrias de peso, que poderiam ajudar em sua economia – hoje conta com a Elekeiroz (Itaú), com a Continental Teves (antiga Alfred Teves) e com a KSB, mas no passado já teve uma das mais importantes fábricas de torno do Brasil, a Promeca. Teve também muitas olarias – por sinal, foi sua primeira atividade comercial, em 1886. Entre os prefeitos que passaram por lá, poucos fizeram algo de útil para a cidade.
O primeiro prefeito, João Aprillanti, fez o que era possível para dar início à cidade. Outros nem tanto. Clemente Manoel de Almeida salva-se de enrascada – de olho na modernidade, passou os serviços de água e esgoto para a Sabesp, e com o dinheiro construiu o viaduto dos Emancipadores, hoje insuficiente para o volume de trânsito.
Eduardo Pereira, durante oito anos administrou a cidade de uma maneira um tanto estranha, Conseguiu para ela o título de Cidade das Orquídeas – seria mais lógico Cidade dos Buracos e dos Radares.
O atual prefeito, Juvenal Rossi, entregou tudo para Deus resolver. Como Deus anda ocupado com outros probllemas maiores, ainda não encontrou tempo para os de Várzea. Mas Juvenal ainda espera pelo milagre divino.
Várzea é a segunda cidade mais populosa da região. Tinha 110 mil habitantes em 2010 – em 1980, eram 34 mil. Não se preparou para isso, e a consequência é inevitável: ruas abandonadas, cheias de buracos, sem sinalização (salva-se mal e má a avenida principal) e com sérios problemas de violência.
Mais uma vez as orações de Juvenal não ecoaram nos céus. Sua prefeitura tem dívidas, herança do prefeito anterior, e isso complica mais ainda a situação de Juvenal, o Messias – muitas empresas não querem nem ouvir falar em fornecer qualquer coisa à prefeitura de Várzea.
Famosa por multas de radares e escândalos em auto escolas, a cidade tem seu nome associado a fraudes – coisa que incomoda seus moradores, que não têm culpa de nada, a não ser de escolher mal seus governantes. Muitos evitam dizer que moram por lá.
Durante o governo de Eduardo Pereira a cidade pensou ter ganho um hospital, o da Cidade, no lugar da antiga Amec, cujo processo ainda está na Justiça – a Amec foi praticamente expropriada pela prefeitura. Mas é um hospital meia-boca. Tão ruim que ficou conhecido entre os varzinos como “rodoviária de doente” – quem fica doente vai até ele para pegar uma ambulância e ser levado ao São Vicente, em Jundiaí.
E Juvenal, o Salvador, tem mais problemas pela frente – o vereador Luciano Marques representou ao Ministério Público contra o prefeito por improbidade. Motivo: o abandono da marginal do Rio Jundiaí, que é de responsabilidade da prefeitura.
O chororô por falta de dinheiro na prefeitura é enorme. Mesmo assim, Juvenal, o Enviado do Senhor, está construindo novo viaduto na Ponte Seca e, ironia das ironias, mandou um projeto para a Câmara no mês passado sobre créditos adicionais. Motivo do projeto: excesso de arrecadação.

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