Temos 460 mil casos de dengue. Tendência é aumentar

Nos três primeiros meses deste ano o aumento do número de casos foi de 240%, comparado com o ano passado
Não dá para brincar. Até o dia 28 de março estavam registrados oficialmente 460 mil casos de dengue em todo o país (nos três primeiros meses de 2014 eram 135 mil) – e com isso morreram 132 pessoas. Os números são oficiais, e foram divulgados pelo Ministério da Saúde.
A Região Sudeste (onde estamos) tem 357,5 casos por 100 mil habitantes. As cidades paulistas que tiveram mais casos em proporção ao número de habitantes foram Trabiju, Paraguaçu Paulista, Estrela D´Oeste e Florínia. Em Campinas, a situação também é alarmante.
Em Jundiaí, havia, até 1º de abril, 426 casos notificados. Jardim das Hortências, Vila Bela e Colonia foram os bairros com maior número de casos. Segundo a Secretaria de Saúde, 90% dos criadouros do mosquito estão dentro das casas. Na semana passada, um mutirão da Divisão de Zoonoses vistoriou mais de cinco mil imóveis.
Nesse mutirão foram encontrados focos em 22 bairros. No levantamento da Divisão de Zoonoses, consta que os focos estavam 30% em pratos, 20% latas e 15% lonas. Foram encontrados criadouros também em pias (10%), potes plásticos (10%), sacos plásticos (5%), garrafas (5%) e baldes (5%). No mesmo mutirão, foram retiradas 200 toneladas de entulho nos jardins São Camilo e Sorocabana, e na Estrada da Boiada.
Até o final de fevereiro, Várzea Paulista tinha 72 casos suspeitos. Não foram divulgadas informações em março e abril sobre a doença. Em Campo Limpo Paulista, até o final do mês passado havia 143 casos confirmados. Não há informações sobre o número de casos de Louveira. Cabreúva, até março, não havia registrado nenhum caso. Itupeva, Itatiba e Jarinu tinham três casos confirmados cada uma.
Nem cemitérios escapam da caça
Os cemitérios públicos de Jundiaí (Nossa Senhora do Desterro e Montenegro) estão sendo vistoriados todos os dias, com funcionários procurando e eliminando possíveis lugares onde o mosquito da dengue possa se criar. O vilão, como já se sabia, continua sendo o pratinho colocado embaixo dos vasos de plantas.
Além dessa vistoria diária, há faixas com mensagens educativas nos dois cemitérios. Até agora não acharam nada, mas continuam aconselhando as pessoas a usarem areia ou flores artificiais. Nos túmulos onde as floreiras são fixas, há escoamento da água. Como nos cemitérios vivem gatos, e neles há bebedouros de água, a troca e a limpeza são feitas todos os dias. Nos túmulos vazios, a direção dos cemitérios estuda um jeito de tirar a água com bombas de sucção.
Fumacê. Desde o começo do ano Itupeva faz o fumacê nas segundas, quartas e sextas durante a madrugada para eliminar o mosquito. A Secretaria de Saúde afirma que toda a cidade vai receber o fumacê, em forma de rodízio ou devido à densidade de focos encontrados. O fumacê é feito sempre entre duas e cinco da manhã.