Com liberação, vem aí enxurrada de biografias

Biografias não autorizadas nem sempre agradam os biografados. O cantor Roberto Carlos briga há anos na Justiça pela não publicação de uma. Chico Buarque foi outro que, embora se proclame defensor da liberdade de expressão, andou proibindo histórias a seu respeito. Na semana passada o Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu liberar as não autorizadas.
Isso inclui livros, novelas, filmes e séries. Agora o autor não precisa mais pedir licença para contar a história, embora não deixe de arcar com as consequências se inventar fatos ou contar mal as histórias. A votação do STF foi unânime, e todos acompanharam o relatório da ministra Carmen Lúcia.
“Pela biografia, não se escreve apenas a vida de uma pessoa, mas o relato de um povo, os caminhos de uma sociedade”, afirmou Carmen, em defesa da liberdade de expressão e do direito à informação.
Os editores lutam há três anos pela liberação. Roberto Feith, que representa a Associação Nacional de Editores de Livros (Anel) foi quem deu início à ação. E quem comemora de fato é o escritor Paulo César de Araújo, que teve uma biografia de Roberto Carlos recolhida nas livrarias por ordem da Justiça.