Quem precisa não quer saber – chamou ambulância, precisa vir rápido. E com razão. Mas como as ambulâncias estão demorando para chegar onde são chamadas, os socorristas do Samu estão sendo agredidos verbal e fisicamente quase todos os dias. Quem conta é o presidente do Sidmaesp (Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado de São Paulo – sub-sede de Jundiaí), Fabiano Lima.
“A demora é justificada, diz ele. Primeiro, o Samu está mal localizado. Quando sai uma ambulância, para chegar ao primeiro semáforo da avenida Frederico Ozanam, são cinco minutos, por causa do trânsito intenso. Segundo, o Samu tem somente quatro ambulâncias, uma delas completa”.
O Samu de Jundiaí conta com cem pessoas aproximadamente, entre socorristas, médicos e enfermeiros, que atendem a média de 80 chamados por dia. “Os Bombeiros têm uma única viatura de resgate, ajudam no que podem, mas precisam socorrer também as cidades da região”, explica Fabiano.
Mais problemas – as viaturas do Samu estão em uso há mais de dez anos. “O que nós queremos é que sejam trocadas as viaturas por outras mais novas – continua Fabiano. E quanto ao problema de demora, ou o Samu muda de lugar ou se cria faixa destinada para emergência, com prioridade para as ambulâncias”.
E quem trabalha no Samu quer melhorar suas condições. O adicional de risco ajudaria. “Nós atendemos todo tipo de ocorrência, diz Fabiano. Há pacientes psiquiátricos, drogados, há acidentes com produtos químicos. Nós realmente corremos risco, nada mais justo que ganharmos para isso”.