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quarta-feira, 24 abril, 2024

Nem tudo vai mal

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As montadoras se queixam que não vendem, dão férias e já falam em demitir funcionários. O crédito desapareceu da praça, os bancos se queixam dos calotes, as construtoras da escassez de compradores. Nesse tumulto todo, um segmento não para de crescer – o da aviação geral.
Na semana passada o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) divulgou a estatística de movimentação de aviões no aeroporto de Jundiaí. Nos últimos três meses essa movimentação aumentou 15% – 22.400 pousos e decolagens em março, abril e maio. E colocar um avião para voar não custa barato.
Um litro de gasolina de aviação custa, em média, R$ 4,90; o querosene (usado nos jatos e turbo hélices) está mais em conta – R$ 3,80 em média. Isso aqui. Em aeroportos distantes, mais isolados, o preço é maior.
Aviões bebem bem. Há os econômicos, como o Cessna 152, usado para instrução, que engole 20 litros por hora. Outro modelo da fábrica, o 172, bebe 55 litros por hora – quase nada comparado ao Learjet 60. Suas turbinas (duas) queimam 825 litros de querosene por hora. Helicópteros não ficam atrás. Um Robinson 44 (motor a pistão) queima 55 litros por hora; um Bell 206 em média 180 litros de querosene.
Manutenção de avião é bem diferente de carro, não dá para amarrar com arame e postergar a revisão. Chegou a determinado número de horas é preciso a revisão, não importa o estado da peça. Não existe a história que a vela do motor a pistão pode ser usada mais um pouco – é preciso trocar.
Pilotos também não ganham mal. Dependendo do avião em que voam e para qual empresa, chegam a ganhar salários invejáveis. A estrutura do aeroporto também não é barata. Não há lugar para amadores – todos são profissionais, desde o sujeito que reboca aviões com trator até o que lava os aviões.
Num cenário onde tudo é pessimismo, alguma coisa se salva. O aeroporto de Jundiaí, por exemplo, que tem 400 aviões em seus hangares e pode receber mais, se precisar. E por fim, com a privatização do aeroporto, a previsão é que esse movimento seja ainda maior. O céu está mesmo para brigadeiro.

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