Pânico na Band acusado de racismo

A atração humorística ‘Pânico na Band’, apresentada por Emílio Surita, está enfrentando acusações de racismo. O motivo é um personagem criado pelo ator Eduardo Steblitch. Há duas semanas, Eduardo apareceu caracterizado de “Africano”. O papel mostra um homem primitivo que não se comunica e somente se expressa através de gritos e comportamentos estranhos.
Para realizar o personagem, o humorista usa pintura preta no rosto e malha escura no corpo. A prática, conhecida como ‘black face’, representa um ator branco se passando por um negro. A repercussão não foi a das melhores.
Uma página contra o “Africano” já foi criada no Facebook, intitulada “Repúdio ao racismo do personagem Africano no Pânico na Band”. Em sua descrição, os responsáveis reprovam a brincadeira de mau gosto.
“Repudiamos a maneira nojenta em que retratam os povos da África a fim de intensificar o mito de que tudo que vem da África e todo seu povo não tem educação e merece gargalhadas de escárnio”, escreveram os donos da página. Quem não viu, não perdeu nada. Há muito tempo o Pânico deixou de ser novidade e de fazer graça. A apelação é geral, e o resultado é sua audiência – quase nula.