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terça-feira, 23 abril, 2024

Crise, o principal assunto dos prefeitos da nossa região

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Foram mais de cem prefeitos a comparecer numa reunião em Jarinu na semana passada para discutir a situação de suas cidades. Eles discutiram alternativas para resolver seus problemas – quase todos financeiros – e chorar com o governador Geraldo Alckmin e até com a presidente Dilma Roussef.
O problema é fácil de entender. Como a economia não anda lá aquelas coisas, a indústria produz menos, o comércio vende menos, há desemprego e, consequentemente, menos dinheiro em circulação. Com isso, todos deixam de pagar impostos – ou pagam menos – e aí os cofres das prefeituras ficam no volume morto.
Em Jarinu, por exemplo, o dinheiro que vem dos governos federal e estadual está 20% menor. “É dinheiro usado na saúde, educação, transporte, afirma o prefeito da cidade, Vicente Zacan. Em outras cidades, o clima também não é bom. Campo Limpo, por exemplo, reduziu o horário de expediente do Paço desde segunda passada. “Fizemos a redução de horário por decreto – explica o prefeito José Roberto de Assis – mas sem afetar os serviços essenciais”.
A idéia de Zé Roberto é economizar um pouco em tudo, como gasolina, energia elétrica, telefone, água etc. E em 30 dias pretende avaliar o resultado dessa medida. Se for eficiente, continua. Se não, o cinto pode ficar mais apertado.
João Fattori, prefeito de Itatiba, calcula que sua prefeitura enfrente um déficit (prejuízo) de R$ 15 milhões neste ano. E já tratou de se prevenir. “Proibimos a compra, a não ser as emergenciais, mas aí também passando para o chefe do executivo a avaliação. Estamos fazendo também a renegociação de contratos, como com a Santa Casa, com a UPA, com a merenda escolar, com a empresa de lixo”, explica Fattori.
Marcos Monti, prefeito de São Manuel e presidente da APM (Associação Paulista dos Municípios), diz que a economia deve aumentar a demanda por serviços públicos. “Um exemplo – diz ele – é o funcionário demitido da empresa, onde tinha convênio médico. Com a demissão, perde esse direito, e passa a usar a rede pública”.
Monti cita também o caso da escola – quem tem filho em escola particular e fica sem emprego só tem um caminho, que é matricular o filho em escola pública. E isso aumenta a despesa das prefeituras. Como nem tudo ficou resolvido, nova reunião deve acontecer no começo de novembro. Não há data nem lugar marcados, mas a prefeitada quer fazer uma carta e apertar o calo dos governos estadual e federal.

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