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sexta-feira, 29 março, 2024

Henrique, um dos mais jovens, é o prefeito bossa-nova

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No início dos anos 1960, havia no Brasil um movimento que rompia com a tradição da música nacional. Esse movimento ficou conhecido como bossa nova. Na época, o então presidente da República Juscelino Kubitschek adotou um estilo modernoso, diferenciado dos carrancudos de então, e foi o presidente bossa-nova.
Agora é a vez do prefeito Henrique Martin, de Cabreúva, ficar conhecido como o prefeito bossa-nova. Jovem, vestindo-se e penteando-se como tal, adotou um estilo que a princípio intrigou a cidade. Hoje ele colhe os frutos desse trabalho, antes de completar três anos de mandado.
Henrique considera importante tudo o que já aconteceu na cidade nos últimos anos, mas o principal de tudo é o relacionamento com a população. “Desde meu primeiro dia aqui na Prefeitura procuro ouvir a população, diz ele. A primeira coisa que fiz foi acabar com o pagamento do protocolo. O sujeito queria reclamar e precisava pagar. Sinal que não queriam ouvir reclamação. O protocolo é de graça”.
Mas foi pela Internet que esse relacionamento com os cabreuvanos ficou mais íntimo. Além de ter página no Facebook, Henrique não esconde seu e-mail pessoal. Melhor de tudo – é ele mesmo quem responde. A Internet não é novidade para Henrique. Jornalista, enquanto estudante já era vereador e criou um blog. Depois chegou o Orkut, e finalmente o Facebook.
“Não tenho assessor para responder e-mail ou postar em Facebook, afirma. Durante uma viagem para São Paulo, por exemplo, aproveito o tempo de estrada para colocar em dia a correspondência. Ou então à noite, depois do expediente”. O relacionamento não fica só em plataformas digitais.
“Vou às ruas, às casas das pessoas, às comunidades, e ouço tanto elogios quanto reclamações. As reclamações nos ajudam a melhorar a cidade”, afirma. Além disso, Henrique reserva dois dias por semana para atender a população – às terças, na própria Prefeitura, e às quintas, no GanhaTempo, no bairro do Jacaré.
“Não precisa marcar hora, diz o prefeito. Nós só temos a distribuição de senhas, por ordem de chegada, porque se não vira bagunça”. Nessas conversas, Henrique ouve mais elogios do que reclamações. Durante seu mandato, Cabreúva está recebendo o maior plano de asfaltamento de sua história, chegando a praticamente todos os bairros.
“Éramos uma cidade que não tinha Procon, conta Henrique. Quando eu era vereador, já havia conseguido o Procon, mas o ex-prefeito não quis instalar, pensando, como na política antiga, que daria nome pra mim. Mas hoje temos o Procon, um novo Fórum, temos agência da Previdência Social, novas delegacias, e até a casa lotérica no centro. Todos duvidavam, mas fui a Brasília, conversei com o pessoal da Caixa, e a lotérica está aí, no Centro”.
Henrique conquistou novos admiradores quando reinaugurou a Santa Casa. “Quando assumi a Prefeitura, a Santa Casa estava em cacos. Nos reunimos com o pessoal da Vigilância Sanitária do Estado, e eles pediram solução. Reformamos tudo. Poderia ter passado uma tinta, dado uma maquiada em tudo. Mas tenho 29 anos, não vim pra isso. Fui eleito para não enganar o povo”.
Não foi fácil tocar a reforma da Santa Casa. Foram muitas as críticas. “A oposição aproveitou para criticar, mas se esqueceu que eles ficaram oito anos no poder e fugiram do problema, quando poderiam ter resolvido”, afirma.
Henrique também acabou com o “jeitinho” que reinava na cidade. “Antes, quando o sujeito ficava devendo IPTU, por exemplo, se conseguisse falar com secretário, com diretor, conseguia parcelar a dívida em 90 vezes, conta ele. Se não conseguisse, só em quatro. Acabamos com isso. Fizemos uma lei, e o parcelamento, quando preciso, é igual para todos”.
Mesmo assim está sobrando para Henrique uma dor de cabeça, o pedágio no bairro do Jacaré. “O pedágio é um verdadeiro absurdo, diz o prefeito. Já pedi ao governador a implantação do sistema ponto-a-ponto, aquele que o motorista paga somente pelo trecho utilizado da rodovia. Agora, alguém dizer que vai tirar o pedágio, é politicagem. Eu nunca disse nem vou dizer isso”.
Mais encrenca? Henrique é também o presidente do Aglomerado Urbano de Jundiaí, e já cobrou publicamente uma solução. “Já falei com o governador, e estamos exigindo providências. Ônibus sucateados, atrasos, tudo isso prejudica o trabalhador”, afirma ele.
Enquanto o Estado não abre concorrência para o transporte intermunicipal (o contrato da Rápido Luxo é precário), Henrique vai explicando o que pode, em sua página de Facebook (HenriqueMartin.Cabreuva) ou em seu e-mail pessoal. Sem assessor para intermediar, pessoalmente mesmo.

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