Mensalidade escolar sobe 10%

Segundo o Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), a mensalidade escolar vai aumentar no mínimo 10% – e isso em todas as escolas particulares paulistas. E o próprio sindicato reconhece que o que ficou abaixo da inflação para as escolas foi mesmo o velho e mísero salário dos professores.
“A única coisa que fica abaixo da inflação é o salário porque o resto sobe tudo, não tem jeito”, afirma Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieeesp. O aumento, explica ele, será baseado nos gastos de cada escols, que levam em conta o reajuste salarial dos professores e novas contratações, mudanças no projeto pedagógico, investimentos e até mesmo as contas mensais como aluguel, água, luz, internet e telefone.
Mas o sindicato mostra uma espécie de consolo. Se os pais não conseguirem se adaptar aos novos valores das mensalidades, é só chorar desconto. Bem, a mesma lei que garante o aumento, também obriga as escolas justificar os porquês. Se houver aumento abusivo, a escola poderá ser obrigada a maneirar, e não tiver acordo, pode até levar processo.
“É a escola que define o aumento, mas ela deve justificar os gastos”, explica Benjamin. Tem mais: as escolas devem avisar os pais no mínimo 45 dias antes da data limite para a matrícula. E agora, pra chorar: as escolas particulares sobrevivem com as mensalidades, mas de tudo o que entra, 48% são impostos. Mesmo numa pátria educadora.