Educador financeiro dá dicas para ser um comprador consciente e não ficar com dívidas; data foi criada para respeito à lei
Por mais que os preços estejam caindo é importante tomar cuidado para não entrar em dívidas, julgando ser a compra uma oportunidade de aproveitar as promoções típicas do fim do Verão. “O mês de março é marcado pelo Dia da Mulher, pelas liquidações e pelo Dia do Consumidor. Tudo isso se reflete em convite tentador que pode levar as pessoas a se endividarem”, alerta o educador financeiro, Pedro Braggio.
Na hora das compras, necessidade e desejo devem ser discernidos. “Pergunte-se sempre, eu preciso desse ítem ou apenas quero? Outra forma de se evitar compras desnecessárias é perceber se o produto será usado na próxima semana, se descobrir que pode deixar para depois é porque realmente a necessidade da compra não existe”, completa.
Deixar o cartão de crédito em casa e utilizá-lo só em último caso, também é uma forma de fugir dos excessos. “O uso do cartão dá a falsa impressão ao consumidor de que ele tem o poder de compra. Caso, o dinheiro fosse a única forma de pagamento possível, com certeza se gastaria menos. Sobre as faturas, o ideal é sempre pagar o valor integral, até porque os juros estão em torno de 430% ao ano”, explica.
Outro assunto que está em pauta nos últimos dias é o alto índice de retiradas das poupanças. Desde dezembro até agora, a saída de valores soma mais de R$ 18 bilhões. “Se esse é o seu caso, indico que reveja os motivos pelos quais não conseguiu manter seu dinheiro guardado. Se foi desemprego ou doença na família, esse é o momento de fazer um planejamento financeiro para não entrar em dívidas nos próximos meses”, alerta Pedro.
As planilhas financeiras ou os orçamentos domésticos podem ajudar nessa tarefa, afinal quando se coloca no papel toda a renda pessoal ou da família, fica mais fácil controlar as entradas e saídas. “Anote cada centavo gasto, seja em contas fixas como parcelamentos, conta de água, luz e telefone, ou com um lanche consumido no meio do dia. Você vai se surpreender com o resultado de economia que terá. Quando a gente anota, o gasto dói mais e automaticamente evita-se comprar sem necessidade”, explica Pedro.
Se você já está inadimplente, negocie com cautela. “Se comprometa apenas com o que realmente poderá pagar, de nada adianta parcelar uma dívida se depois não puder cumprir com seu acordo”, orienta Pedro.
