O Uber é necessário

Revoltaram-se os taxistas de todo o país por causa do Uber, um serviço que lembra o do taxi, porém melhor e mais eficiente. Em Jundiaí não será diferente quando o Uber chegar pra valer e levar consigo uma penca de usuários. E tudo isso tem motivos.
O taxi é uma espécie de concessão da Prefeitura, cuja licença é dada a alguém gratuitamente. A Prefeitura normatiza o serviço, determinando preço de bandeiradas e do quilômetro rodado; cria os pontos de taxi e fiscaliza o cumprimento das regras, nem sempre respeitadas. A Inmetro cabe somente a aferição dos taxímetros.
Seria algo maravilhoso não fossem alguns problemas. Sabe-se que há gente dona de inúmeros taxis e seus pontos. Sabe-se também que esses taxis são comercializados a peso de ouro. Sabe-se também que muitos usam o alvará de taxi para comprar carros novos com descontos e usá-los somente com fins particulares.
O Uber não tem esse tipo de problema. A corrida é calculada antecipadamente. O pagamento é feito somente com cartão de crédito, e ao Uber, o que evita o motorista andar com dinheiro – e consequentemente, não sofrer assaltos do tipo. O Uber repassa semanalmente o dinheiro ao motorista, via transferência bancária.
Os carros do Uber são infinitamente melhores que os taxis – têm, necessariamente, ar condicionado, e não podem passar de determinada idade. Não são identificados como taxis. E há veículos de todas as categorias. Se alguém quiser ir a uma festa importante, por exemplo, pode dispor de uma Mercedes.
Motoristas do Uber passam por cursos, e qualquer desvio serve como motivo de exclusão do serviço. Chamar um carro do Uber é simples demais – basta apertar um botão, no aplicativo baixado no celular, que o cliente é localizado por GPS, e o carro mais próximo é acionado. No taxi, é preciso fazer a ligação, e até há pouco tempo, o serviço 0800 do rádio taxi não aceitava chamada de celular.
Motorista de Uber não sabe o trajeto da corrida até a hora do embarque do passageiro. Há motoristas de taxi que escolhem corrida quando acionados por rádio, descartando as consideradas menos rentáveis. O Uber envia recibo por e-mail, após a corrida, detalhando o trajeto percorrido.
Taxistas não deveriam reclamar do Uber. Deveriam melhorar seu serviço para enfrentar e vencer a concorrência, e não hostilizar motoristas e usuários do Uber, como tem acontecido em algumas capitais. E o Uber, como alegam alguns defensores taxistas, não é ilegal. É empresa constituída legalmente, que paga impostos e remunera seus prestadores de serviços. Que venha o Uber.