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quarta-feira, 24 abril, 2024

Editorial: Me engana que eu gosto

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Saiu no domingo, 1º de maio, o pacote de bondades que já vinha sendo propalado por dona Dilma. Pacote de bondade em termos. Primeiro, que só faz bondades quem é bom. Quem era terrorista linha de frente, que planejava assassinatos, roubava bancos, andava de metralhadora a tiracolo não pode ser alguém bom. Dona Dilma se daria melhor na Favela da Rocinha.
Bem, deixando tais considerações de lado (talvez ela tenha se regenerado), o pacote favorece justamente os que não trabalham. Ela reajustou o bolsa-família em 9%. E todo mundo está cansado de saber que esse benefício incentiva a vadiagem. Bem diferente do reajuste aos aposentados, que já trabalharam toda a vida para sustentar quem não trabalha. Inclusive ela.
A Rainha Louca está também propondo reajustar a tabela do Imposto de Renda em 5%, como se salário fosse renda, como se aposentadoria fosse renda.  Disse ainda, a infeliz, que vai criar o Conselho Nacional do Trabalho, com representação de trabalhadores, empresários e governo.
O típico conselho criado para não resolver absolutamente nada. Os representantes dos trabalhadores certamente serão escolhidos a dedo, indicado por sindicatos pelegos e servis, com empresários alinhados (talvez os mesmos da Lava Jato) e algum ministro que não tenha muito o que fazer representando o governo.
Outra pérola: mais 25 mil moradias do Minha Casa Minha Vida com movimentos do campo e das cidades. Movimentos do campo entenda-se como MST, e das cidades, Movimento dos Sem Teto. Nem o que foi prometido do tempo de Lula o governo conseguiu cumprir. E a cada tempo, sempre que surge uma crise, dona Dilma dá uma requentada no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento.
Mais uma pérola: criação do plano de safra da agricultura familiar. E a cereja do bolo: aumento da licença-paternidade para os funcionários públicos, de cinco para vinte dias. Tudo o que eles queriam ouvir – 20 dias em casa quando a mulher tiver o filho do casal. E que ninguém espere protestos e passeatas dos funcionários públicos federais contra esse aumento de folga.
É um discurso de primeiro mundo, mas a conta, mais uma vez, será paga por quem produz, por quem trabalha. É como o salário mínimo, para quem muita gente bate palminhas. O governo dá o aumento, mas quem paga é o empresário. Com o aumento, o governo arrecada mais. O patrão, que paga diretamente o salário, repassa o custo para o produto. E o peão, que bateu palminha, paga a conta.
Está na hora de acabar com essa brincadeira, com esse jogo de palavras, com essa discurseira inútil. O governo, incluindo a Rainha Louca, deveria fazer como a maioria dos brasileiros – trabalhar. Nós agradeceríamos, e muito.

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