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quinta-feira, 28 março, 2024

Editorial: O povo tratado como gado

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Localizando a história: quando apareceu o Jundiai Shopping, os empreendedores fizeram um acordo com a Prefeitura, de alargar a avenida Nove de Julho e construir a rotatória. Isso foi feito, e aí começaram alguns problemas. Não os causados pelo shopping, mas por motoristas e pedestres. A solução foi radical, mas necessária.
Primeiro foram os motoristas. Como boa parte dos motoristas é mal educada, não respeita ou não conhece as normas de trânsito, foram precisos quatro semáforos – a esperança é que pelo menos esses motoristas saibam que quando o sinal está vermelho é para parar. Alguns ainda não aprenderam, mas talvez algumas multas os ensinem.
Depois foram os pedestres. Foi preciso instalar grades na calçada, deixando uma única passagem, na faixa de segurança, para os também mal educados pedestres façam a travessia com segurança. Ficou feio? Ficou chato? Ficou, mas se não é assim, só Deus saberia o que poderia acontecer nessa rotatória. Nós, humanos, só podemos prever uma série de acidentes e atropelamentos.
Mais uma vez está caracterizado que o povo é mal educado, desrespeitoso, alheio às normas mais simples e ao bom senso. Todo motorista aprende (ou pelo menos se supõe que sim) na auto escola, que o carro que está na rotatória tem preferência. Mas entre o que estuda na auto escola e o que se faz na prática a distância é grande.
Não são somente pedestres e motoristas. Motociclistas são mestres em barbarizar, principalmente os que fazem entregas, os chamados motoboys. Andam na contramão, se enfiam no meio dos carros, irritam motoristas com suas estridentes buzinas e barulhentos escapamentos. Alguns andam sobre calçadas para encurtar distâncias.
Ciclistas não ficam atrás. Exigem respeito, mas não dão qualquer exemplo de civilidade. Andam na contramão, nas calçadas, e ainda reclamam de motoristas. O Código de Trânsito prevê normas para ciclistas. Ou será que eles nunca leram o Código? São barulhentos – embora minoria, conseguem dos governantes o modismo das ciclovias. E isso numa cidade cheia de ladeiras, impróprias ao ciclismo.
A falta de educação, falta de respeito, falta de tudo, não fica por aí. Cavaleiros também abusam da paciência alheia. No domingo, por exemplo, havia um grupo de gente andando a cavalo pela ciclovia da avenida Antonio Pincinato. A balbúrdia é geral.
Se assim continuarmos, logo pilotos também se acharão no direito de pousar ou decolar seus aviões de avenidas; paraquedistas se julgarão no direito de saltar de edifícios; e, quem sabe, logo também teremos corridas de caminhões em nossas ruas.
Como o respeito começa em casa, e como hoje os pais não têm tempo para educar seus filhos, resta a única solução: conduzir o povo como gado, determinando a trilha, proibindo e multando. Merecidamente.

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