21.1 C
Jundiaí
sexta-feira, 19 abril, 2024

Venda de área do IAC é vista como sabotagem a Jundiaí

spot_img

Estado quer vender área onde está o IAC, mas protestos já começaram. Fala-se em construção de condomínio

Desde que se anunciou que o governo estadual pretende vender a área onde hoje está o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) – antigos Caic e Dema – ao lado do aeroporto, na região do Eloy Chaves, pipocam protestos de todos os tipos. Há os que acreditam que a venda aconteça mesmo. E há os que entendem ser uma manobra para aparecer alguém, já previamente acertado, como salvador da pátria, impedindo tal venda.
No caso da primeira hipótese, a preocupação é maior. A área seria entregue a empreendedores imobiliários, interessados em ali construir um grande condomínio, causando mais transtornos ainda ao já problemático trânsito da região. Para esses, os compradores do possível condomínio seriam pessoas endinheiradas, que logo passariam também a exigir mais e mais da Prefeitura, inclusive com reclamações sobre o barulho causado pelos aviões.
Para reforçar o argumento da importância do IAC em Jundiaí, foram divulgados dados sobre sua produção ao longo dos anos, como os 20 livros publicados por seus pesquisadores, os 345 artigos, os 450 textos em jornais e revistas, os 266 trabalhos científicos levados a congressos importantes, dentre outros.
Destacam-se também a criação de 31 produtos tecnológicos, os 262 trabalhos técnicos, os 123 projetos de pesquisas, os prêmios e títulos conquistados pela equipe (16) a participação em 788 eventos e a organização de outros 120.
A área do IAC é de 1.200.000m², onde estão três nascentes, quatro lagos e uma área de 262.000m² de mata nativa e cerrado. Pastagens e construções chegam a 870 mil metros quadrados. Lá dentro também existe uma escola municipal (Emeb Úrsula Gerello).
Agora são os problemas legais. Primeiro, que há uma lei de 1988 que determina que as áreas da Fazenda do Estado onde há estações experimentais, postos e fazendas da Coordenadoria Agropecuária ficam submetidas ao regime de Preservação Permanente.
Segundo: Uma lei de 2011 autorizou o Estado transferir para a Prefeitura, sem custar nada, os direitos de posse do lugar onde está funcionando a escola. Como alguns governantes têm titica de galinha na cabeça, não será novidade se tudo isso for ignorado e logo apareça por lá outro empreendimento com linda vista para a Serra do Japi.

Novo Dia
Novo Diahttps://novodia.digital/novodia
O Novo Dia Notícias é um dos maiores portais de conteúdo da região de Jundiaí. Faz parte do Grupo Novo Dia.
PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas