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quinta-feira, 25 abril, 2024

Somos todos políticos. No bom sentido

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Nesses quase três anos de existência, o Jundiaí Notícias recebeu muitos elogios. E críticas também. A mais frequente é que somos um jornal político, pelo fato de abordarmos com frequência assuntos políticos. Eles podem ser enfadonhos, mas necessários. A vida de todos nós é movida à política. No bom sentido.
A política está presente no ambiente doméstico, na relação entre irmãos, entre pais e filhos, nas atitudes entre parentes. Está nas empresas, nas escolas, nos clubes sociais, nas igrejas, na reunião de amigos, nos churrascos de fim de semana. Todas as atitudes são políticas.
A relação do padre ou pastor com seus fiéis é política. Usa termos que atinjam o objetivo de pregar, mas são termos escolhidos. Usa a compreensão, não a ofensa aos pecadores contumazes. É uma forma política e polida de abordar assuntos delicados.
Pais e filhos negociam favores e deveres diariamente. Em reuniões sociais, há a delicadeza de cumprimentar as pessoas, de não tocar em assuntos polêmicos ou incoerentes com o ambiente. Nos churrascos, nas empresas, nas escolas, todas as atitudes costumam ser pensadas. Todas as falas são escolhidas. Isso é política.
Infelizmente, vemos todos os dias maus exemplos de políticos. Que roubam, que não trabalham, que exploram quem estiver ao alcance. Isso não é política. Isso é associação criminosa, conchavo, falcatrua.
Mais infelizmente ainda, dependemos do que esses maus políticos pensam. Dependemos de muitas de suas ações. A mudança de uma lei que pode resultar em novo imposto, a aprovação de alguma medida que pode deixar algum produto essencial mais caro, o aumento da mensalidade escolar. Tudo isso passa pelas mãos e cabecinhas ocas dessa gente.
Maus políticos contam com o tapa com a mão do gato – detestam que sejam divulgadas suas falas e atitudes. Não gostam de críticas ou contrariedade. Vivem num mundo separado, distante dos problemas – e ficam irados quando esse mundo vem à tona. Querem manter o segredo de seus conchavos e suas vantagens exorbitantes e indevidas.
Vez ou outra, esses maus políticos tentam calar seus críticos, principalmente a imprensa. Inventam leis para dificultar a vida de emissoras de rádio e TV, de jornais e revistas. Há, inclusive, um projeto de uma deputada federal do Rio de Janeiro, tornando crime críticas aos políticos pela Internet.
Proclamam-se democratas, mas são muito piores que ditadores assumidos. Alguns políticos atuais têm mais ranço e ódio dos críticos do que os generais que comandaram o regime a partir de 1964.
É pior isso que abordamos assuntos políticos em nossas edições. Para que todos saibam o que acontece de fato, sejam coisas boas sejam as ruins. Noticiamos, comentamos, criticamos, mas não fazemos política no sentido que eles fazem. Não viemos para agradar ninguém. Acertou? Elogios. Errou? Toma crítica.
Concluindo – somos sim um jornal político. E é bom que todos que vivem sob o chicote de uma presidência da República podre, de um congresso corrompido até a raiz, prestarem mais atenção nas falas e atitudes dessa gente. Um dia poderá ser tarde demais.
Anselmo Brombal

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