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sábado, 20 abril, 2024

Temos problemas de sobra

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Para fazer gracinha perante outros países, e uma média e tanto no campo dos direitos humanos, estamos aceitando gente de todos os lugares. Um ato de humanidade, de caridade, de solidariedade. Para cá estão vindo venezuelanos, haitianos, paraguaios, argentinos, chilenos. São bem vindos, ainda mais quando têm histórias de sofrimento em seus países de origem para contar.
Esse é o lado bom, bonito e maravilhoso da situação. Fica mais bonito ainda, mais maravilhoso, quando nosso querido e estimado governo dá aos que aqui chegam facilidades impensáveis em outros lugares. De saída, ganham carteira profissional, identidade, CPF, conta em banco e alguma ajuda em dinheiro. Tudo muito lindo.
Nossos estrangeiros ainda contam com a benevolência – para não dizer preferência – de muitas das ONGs dedicadas a acolher gente em situação difícil, de pobreza. Se esforçam como podem para conseguir-lhes empregos. Gestos louváveis, diga-se de passagem.
Mas como todas as histórias reais têm mais de uma versão, nesse caso há uma versão perversa para todos nós. Há milhões de brasileiros recebendo bolsa família legal e merecidamente porque estão abaixo da linha da miséria. Há mais de 14 milhões de desempregados (dados oficiais do Ministério do Trabalho) enfrentando filas e entrevistas sem nada conseguir.
É nessa hora que todos se perguntam: Não seria mais lógico, sensato e humano cuidarmos primeiro dos nossos? Não, isso não é xenofobia. Outros países não tratam brasileiros com a mesma benevolência e solidariedade que mostramos ao mundo. Há lugares – e não são poucos – que exigem tudo quando desembarca algum brasileiro em suas terras.
A Espanha, por exemplo, confere o quanto o brasileiro tem de dinheiro para ver se confere com o tempo que ele pretende ficar por lá. Se algum policial da alfândega concluir que o dinheiro não dá, o brasileiro não sai do aeroporto e é mandado de volta no próximo vôo.
Os Estados Unidos ainda não abandonaram a idéia de construir o muro na fronteira com o México. Em alguns países asiáticos brasileiros são tratados como lixo. Ao mundo, servimos somente como maus exemplos. Por que então toda essa caridade com os estrangeiros?
Há quem tente justificar essa situação – nosso país cresceu no século passado graças aos imigrantes, notadamente italianos, japoneses, alemães, portugueses e espanhóis. Afirmação correta. Mas os imigrantes dos dois últimos séculos não receberam tanta facilidade, a situação era outra e éramos um país exclusivamente agrícola. Hoje a história é outra.
Nada contra imigrantes, mas é preciso peneirar sua chegada. Temos excelentes exemplos. Em Jundiaí há a Associação Mata Ciliar, que emprega haitianos. São exemplos como trabalhadores. De quebra ainda ensinam francês e crioulo e aprendem inglês. Mas a regra não é essa.
E no meio de tanto imigrante bem intencionado, que de fato busca trabalho e acolhida em nosso país, tem muito criminoso, gente que está fugindo não de uma situação de miséria, mas da polícia. Mas esperar o que de nossos amados, queridos e estimados governantes? Não conseguem cuidar de si próprios. Como cuidar de 200 milhões de pessoas?
Anselmo Brombal

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