Como uma antítese você é meu contrario , mas me completa e assim formamos a frase perfeita. Minha luz correu iluminar sua escuridão, minha melodia encaixou na sua letra, você veio embaralhado e desembaralhou minha confusão.
É nesse pleonasmo de quero-te, apenas te quero, que me desfaço eu mesma no medo de querer demais. Repetindo as ideias na minha cabeça para ver se as dissipo, se as organizo.
A hipérbole de ter você aqui me faz gritar aos quatro cantos, até arrebentar as cordas vocais, “EU TE AMO”. Me faz palpitar o coração a ponto de explodir o peito. E me enfeita a vida.
Na metáfora de viver, você é meu céu e eu, estrela, danço livre por ele, pronta pra ser cadente, pronta pra incendiar, brilhar e iluminar- te todinho.
E é nesse paradoxo de amar e não sentir – não saber sentir- que peço que se entregue sem se jogar, que respire-me sem inspirar, pois somos jovens demais para essa vida velha e cheios demais para mergulhar raso assim.
Por Beatriz Dias