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quinta-feira, 28 março, 2024

Efeito Dick Vigarista

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A primeira vez que escrevi sobre isso foi em outubro de 2006, portanto já tem mais de 10 anos. De lá pra cá, cada vez mais tenho observado a postura das pessoas e as suas contradições em relação a competitividade. Quase todos os dias, há discussões sobre o tema em programas de TV, mas o que questiono é o fato de ainda haver espaço para os espertinhos e para os que se dedicam a atrapalhar a concorrência ao invés de andar pra frente.
Nas empresas há uma prática pouco ética, porém muito comum. O tal “puxar o tapete”. Essa expressão é usada quando um colega de trabalho elabora uma “armadilha” para o outro visando derrubá-lo e conseqüentemente ocupar o seu lugar. Tem muita gente que está mais preocupada em “puxar o tapete” do outro do que em fazer o seu melhor. A concorrência de mercado também, muitas vezes, se preocupa mais em quebrar o outro e criar um monopólio do que avançar com a sua própria organização.
Isso me lembra um personagem de desenho animado que eu assistia quando criança e, claro, assisto até hoje. O Dick Vigarista, da Corrida Maluca. O roteiro era sempre igual: alguns pilotos birutas correndo com carros muito esquisitos por estradas totalmente doidas. Todos largavam juntos, mas Dick Vigarista, o vilão da estória tinha sempre um plano maligno para parar os outros pilotos e com isso conquistar a vitória, sozinho.
Acontece que ele e seu parceiro, o cachorro Mutley, ao começarem as corridas, disparavam na frente e ao invés de visarem somente a linha de chegada, paravam para desenvolver uma armadilha, com o objetivo de tirar todos os adversários do páreo. A armadilha nunca dava certo e os dois eram ultrapassados por todos os outros.
Se Dick Vigarista não ficasse tão preocupado em deter os concorrentes, certamente seria o vencedor da maioria das corridas. Isso vale também para as pessoas no mundo corporativo, pois quem fica preocupado em passar uma rasteira no colega de trabalho ou na empresa concorrente, sempre termina a corrida em último e refém de sua própria armadilha. Quando éramos crianças, já sabíamos disso… talvez precisemos voltar a assistir um pouco de desenho.

por Aguinaldo Oliveira 

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