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sábado, 20 abril, 2024

Você está esperando a crise passar?

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Crise é uma palavra forte e muito conhecida do brasileiro. Nós já vivemos várias, desde a do Café no início do século passado, até as inflacionais dos anos 80 e 90.
Em 1986 tivemos o congelamento dos preços implementado pelo governo Sarney, tentando em vão segurar a inflação. Em 1989, Fernando Collor de Melo foi eleito com a mesma missão e causou vários infartos ao reter todos os investimentos bancários, inclusive a “garantida” caderneta de poupança.
Sem resultados, a inflação chegou a quase 100% ao mês, somente contida pela implementação do Plano Real em 1994. Até então, porém, havia muita insegurança e o mercado aprendeu a trabalhar com a URV, Over Night, para só depois de um bom tempo experimentar alguma paz. Ainda assim os anos 90 ficaram marcados pela fragilidade, com interferência do FMI e pelas expectativas (boas e ruins) da entrada de um governo de esquerda, que já se desenhava.
Mas a coisa deu certo. Tivemos cerca de 10 anos de paz econômica no embalo dos BRICs e nem mesmo os escândalos do mensalão puderam conter os ânimos dos investidores. A população se acostumou a consumir e o Brasil cresceu e teve a sensação de ser “primeiro mundo”, somente desfeita após a perda do controle em meio a grandes eventos esportivos e graves denúncias de corrupção no governo.
É óbvio que está não é uma coluna de economia e sim de comportamento. Portanto, tudo que falamos até agora foi pra dizer que a geração que hoje tem menos de 35 anos não sabe o que é crise porque era muito jovem quando a última aconteceu e, talvez até por conta disso, não sabe tão bem lidar com ela.
O fato é que somente podemos vencer uma crise com muito mais intensidade e diversidade de trabalho e, para criar e trabalhar precisamos estar animados e motivados, buscando um sonho (um ideal). Não se cresce reclamando da vida, nem do patrão e nem do governo. Ficar na inércia ou na especulação esperando a crise passar para voltar a investir e trabalhar é um erro que não resolve a vida de quem especula nem colabora com quem trabalha. Já o cara que “pega o touro a unha”, assume a responsabilidade e vence, desenvolve uma força extra que não perderá jamais, chamada “auto-confiança”.
Em resumo, motive-se, sonhe e trabalhe. Mas faça isso agora! Seja também um agente transformador. Porém se você, ao contrário disso, está esperando a crise passar para voltar à vida, fique tranquilo, ela vai passar. Mas talvez, por sua própria culpa, não passe para você.

Por Aguinaldo Oliveira 

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