A exportação foi uma estratégia de negócios que deu certo e se consolidou em Valinhos. Atualmente, parte dos agricultores da cidade exporta a maior parte de sua produção e a expectativa é de ampliar o consumo fora do País. O figo roxo é a estrela da 70ª Festa do Figo e 25ª Expogoiaba, que está acontecendo em Valinhos.
A exportação tem papel importante na fruticultura local. Segundo a Associação Agrícola de Valinhos e Região, 30% da produção de figo roxo de Valinhos é enviada para o Exterior. A exportação de goiaba chega a 5% da produção. A família Lacarini, que contabiliza mais de um século de agricultura em Valinhos, é uma das pioneiras na exportação do figo.
No começo da lavoura, a família Lacarini, que está presente na Festa do Figo desde a primeira edição e já está na quarta geração de agricultores, plantava abacaxi, uva, maçã. Em 1964, iniciou a plantação de figos. Depois de expandir os negócios e vender para as Centrais de Abastecimento (Ceasa) de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, em 1987 adquiriu novas terras e iniciou a exportação do figo roxo para diversos países da Europa.
“80% dos nossos figos são exportados para a Holanda. Há dois anos estamos trabalhando diretamente com a exportação, sem intermediários”, explica Matheus Lacarini, membro da quarta geração e que coordena os negócios da família. Segundo ele, são exportadas 100 mil caixas de figo por ano e a expectativa é de aumentar esse número.
Segundo Departamento de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a safra de figo 2018/2019 deve chegar a 3,6 mil toneladas e a expectativa para a safra de goiaba é de 14 mil toneladas.