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terça-feira, 23 abril, 2024

Com Bolsonaro, é incerto o futuro do Sistema S

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O problema é o mesmo de sempre – muito dinheiro em jogo. Quem defende a manutenção do sistema afirma que as entidades que o formam são fiscalizadas pelo Tribunal de Contas da União, e que seu orçamento é ratificado pelo Ministério do Trabalho. Quem é contra, afirma justamente o contrário. Recentemente o Ministério do Trabalho precisou editar três portarias para lhe dar transparência.

Não é pouco dinheiro em jogo – o Sistema S arrecadou, em 2015 e 2016, R$ 43 bilhões só de contribuições sociais, ou seja, tributos, para qualificar a mão de obra do trabalhador e levar lazer e saúde a ele.

Hoje, o Sistema S tem mais de R$ 20 bilhões aplicados no mercado financeiro. Ou seja, há gordura para cortar, o que leva a crer que a fala do ministro tem coerência. Com a receita própria, eles não precisariam de R$ 24 bilhões de dinheiro público. Um dos maiores críticos do sistema é o senador Ataídes Oliveira, que deixa o mandato no fim de janeiro.

Quem defende, alega que se o corte for de 30%, o Senai poderá fechar 162 escolas, principalmente no Norte e Nordeste. No caso do Sesi, seriam 155 escolas. Atualmente o Senai tem 2,3 milhões de alunos e o Sesi 1,2 milhão.

Ataídes vai além. “Eles têm receita própria. Cobram por tudo que fazem. Por tudo. Têm patrimônio de R$ 500 milhões. Têm uma estrutura gigantesca. Não precisam de R$ 24 bilhões de dinheiro público. Prova disso é que há R$ 20 bilhões no mercado financeiro. Eles bancam festas, patrocínios e até campanhas políticas. Olhe o caso de São Paulo, o Paulo Skaf (candidato ao governo de São Paulo pelo MDB na última eleição, ele é presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Licenciou-se para concorrer)”.

O senador não está tão fora da realidade. Uma auditoria comprovou que apenas 15% dos cursos oferecidos pelo sistema são de graça. Os demais 85% são pagos. E com o passar dos anos, o sistema foi diminuindo seus serviços. Em Jundiaí, por exemplo, o Sesi tinha um hospital e armazéns que funcionavam como cooperativas. Hoje limita-se a escolas. Que cobram mensalidade.

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