Há décadas que moradores de Várzea Paulista, principalmente dos bairros mais próximos da Avícola Ad’Oro, reclamam da fedentina provocada pela empresa. O problema não estaria no abate de aves e sim nos subprodutos – a Ad’Oro estaria aproveitando tudo. Ossos, penas e vísceras são transformados em farinha. Na segunda passada (28), moradores próximos afirmaram sentir fedor próximo à carniça.
A Cetesb alega que faz vistorias periódicas na fábrica. Afirma também que já pediu à empresa providências para evitar a emissão do mau cheiro. Difícil é convencer quem mora nos bairros Jardim Itália, Jardim Continente, Jardim das Palmeiras, Jardim Mirante, Jardim Cruz Alta e Jardim Itaici que está tudo bem na empresa.
Os moradores querem que a empresa se limite ao abate dos frangos, deixando de fabricar a tal farinha fedorenta. Em seu site, a empresa afirma “que realiza constantes investimentos e projetos que minimizam os impactos ambientais que uma empresa como a nossa podem causar ao meio e à comunidade”.
Com a fedentina de segunda passada, fica difícil acreditar que um dos investimentos citados pela empresa (Instalação filtros de retenção de odor da fábrica de farinhas, o que nos possibilita devolver ao ambiente um ar mais limpo e agradável) seja coisa séria. Se “ar mais limpo e agradável” foi o que se sentiu ultimamente, imagina-se como seria um ar sujo e menos agradável.
