Se o ensaio está assim, imagina só o desfile. Mas a diretoria da Águia de Ouro jura de pés juntos que o surgimento de um integrante da agremiação vestido de Hitler com a faixa de presidente não tem absolutamente nada a ver com o tema que a escola levará para a avenida este ano: a história do Brasil de 1500 a 2018.
Para se redimir e acabar de vez com qualquer dúvida que possa pairar, a escola emitiu uma nota de desculpas e pelas redes sociais classificou a atitude do homem, figurinista e maquiador, Walmir Saparapani como “isolada” e garantiu que “tomou as medidas necessárias”.
Já a FISESP (Federação Israelita do Estado de São Paulo), por meio das redes sociais, repudiou o ato e confessou ter recebido diversas manifestações.
“Sempre repudiamos quando associam os crimes cometidos durante o nazismo com fatos do cotidiano. O Holocausto é algo muito sensível para a comunidade judaica em todo o mundo e todos que sofreram com essa barbárie, disse a FISESP, que afirmou ter recebido uma ligação do presidente da Águia de Ouro, Sidnei Carrioulo Antônio.
Saparapane também se desculpou. “Quem me segue e me conhece sabe que a minha luta é diária contra qualquer tipo intolerância. Entretanto fica aqui minhas sinceras desculpas a comunidade israelita e aos meus amigos judeus”, escreveu em uma rede social.
Neste ano, a Águia de Ouro desfilará no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, no dia 2 de março, após ter sido rebaixada para o Grupo de Acesso em 2017.