Se você costuma utilizar o Metrô de São Paulo para chegar ao seu local de trabalho, se prepara. O Sindicato dos Metroviários realizará nesta quinta-feira (7) uma assembleia com a categoria e não descarta a possibilidade de uma paralisação por 24 horas nesta sexta-feira (8).
Os funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo discordam da nova escala de trabalho e pede a readmissão de operador demitido, trem Joaquim José, demitido por justa causa, no fim do mês passado, após ser responsabilizado por uma falha que paralisou as operações na linha 1-Azul no último dia 23.
À ocasião, a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM) disse que o operador descumpriu procedimento orientado pelo Centro de Controle de Operações (CCO) e danificou um equipamento de via próximo à estação Jabaquara.
Os funcionários do Metrô também não aceitam a nova escala de trabalho proposta pela empresa e reclamam do aumento da jornada de trabalho. Os representantes da companhia, segundo informou o Sindicato dos Metroviários SP, só aceitam readmitir Joaquim José caso a categoria aceite a nova escala.
Na prática, o novo esquema de trabalho que a empresa propõe reduz o número de folgas que os funcionários do período noturno têm direito e também eleva suas cargas horárias de 36 para 40 horas semanais.
Em nota, o sindicato disse que exige reunião com a presença da diretoria da empresa e promete manter a mobilização com a “retirada do uniforme, uso de adesivos e sem quebra-galhos”.
Na segunda-feira (4), os funcionários da CPTM recuaram na decisão de cruzar os braços e acatou o pedido da empresa para manter as negociações.
Nesta terça-feira, a entidade sindical divulgou detalhes de uma cobrança de esclarecimentos realizada no segundo semestre do ano passado a respeito das condições de trabalho em estações da linha 15-Prata do monotrilho.
O diretor de assuntos corporativos do Metrô, Alfredo Falchi Neto, reconheceu a falta de itens como vestiários e equipamentos para os funcionários realizarem suas refeições. Na resposta, assinada em 15 de outubro, Falchi Neto prometeu que as carências seriam resolvidas.