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terça-feira, 16 abril, 2024

1964, a guerra que não terminou

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Criou-se um fuzuê enorme por causa de possíveis comemorações militares da revolução de março de 1964. Acusações de esquerda e de direta relatam anarquia, ditadura, tortura, comunismo e outros quetais para justificar concordância ou contrariedade com as comemorações. Tudo bobagem. Se ficar dentro dos quartéis, ninguém civil tem nada com isso. Se for fora dos quartéis, vai a elas quem quer.

A esquerda barulhenta pinta os militares como demônios. Refere-se aos anos de governos militares como sendo anos de chumbo. Trabalhei 15 anos em imprensa durante esses governos. Nunca fui preso ou torturado. Questionado, e com toda a educação do mundo, apenas uma vez. Talvez porque eu tivesse juízo. Pensar sempre pensei o que quis – e vou continuar pensando – mas sair de pensamentos a ações é outra história.

A esquerda fala em ditadura militar. E o que é a esquerda? A maior das ditaduras. E não me refiro aos países que tiveram ditadura de esquerda, como Rússia ou Albânia. Nem a Cuba. Me refiro ao Brasil. Quer exemplos?

Durante os governos militares, pessoas de esquerda que não concordavam com os governos, foram para a luta armada. Resumindo, foram para a guerra. Insensatez sob qualquer ponto de vista. Pensavam em derrotar um Exército organizado, uma Marinha e uma Aeronáutica disciplinadas. Perderam a guerra. Mas não perderam sua sandice.

Em 1989, quando aconteceram as primeiras eleições diretas para presidente após os governos militares, o senhor Jair Menegueli, então presidente da CUT, declarou publicamente que quem deveria ganhar as eleições era o candidato Lula. Se Collor ganhasse, afirmou Menegueli, o Brasil seria sacudido por uma onda de greves.

Collor ganhou, e o PT criou o governo paralelo, algo inexistente em qualquer lugar do mundo. Lula se elegeu deputado, e em seu mandato cansou de propor impeachments. Até que Lula ganhou a eleição em 2002. No ano seguinte começou a ditadura de esquerda. O MST foi bem aparelhado e ajudado. Invasões de terras e prédios públicos, principalmente, tornaram-se frequentes.

Os métodos foram diferentes dos usados durante os governos militares. Durante eles, a esquerda sequestrava, assaltava bancos, promovia atentados terroristas – tudo para impor sua vontade. A sua ditadura.

Hoje não soltam bombas nem assaltam bancos. Durante os governos do PT, ficou mais fácil assaltar dinheiro público por meio de negociatas com construtoras. Ficou mais fácil iludir a população com medidas de apelo, como bolsa família e programas fraudulentos como o Minha Casa Minha Vida. Ficou mais fácil facilitar a compra do carro novo ou da TV de Led. Dizia que havia chegado a vez do pobre.

Fomos governados por um ex-sindicalista que pouco trabalhou. Que era íntimo de prazeres etílicos. Que se jactava de ser ignorante e sem estudo. Por uma louca que em sua juventude posou com metralhadora, que assaltou bancos, que sequestrou e que roubou o cofre de um ex-governador (Ademar de Barros) onde havia 5 milhões de dólares, fruto de propinas.

Bem diferente dos militares. Todos com boa formação. Todos com caráter e valores. A guerra de 1964 ainda não acabou porque a esquerda se nega a aceitar o fim de seus privilégios. A mesma esquerda que comemorou na Câmara dos Deputados em 2017 o centenário da revolução russa, que implantou o comunismo, agora quer impedir uma comemoração de um movimento militar.

Agora, a questão nem é ideologia. É bom senso, inteligência, e principalmente, respeito às idéias alheias. Há quem prefira ser o melhor entre os piores. Os inteligentes preferem ser o pior entre os melhores. Em tempo: se houver comemoração do 31 de março eu vou.

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