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terça-feira, 16 abril, 2024

Ascensão e queda

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No desenho da Disney, Hercules, tem uma canção que conta a trajetória do herói, que vai de um simples Zé Mané ao semi-deus da mitologia grega que tem super força. Essa caminhada – nas devidas proporções – se parece muito com a que fez Bolsonaro em sua conquista pela Presidência da República.

Do nada, com a ajuda das redes sociais e apoiadores, Bolsonaro conquistou o cargo máximo do país. Atentado, internações, críticas, fake news e outras adversidades não foram capazes de conter o nosso “herói” de chegar ao poder.


“Não era nada
Um zero, um zero!
Mas como herói é
É o que eu quero!
Este rapaz veio conquistar
De zero a herói sem pestanejar
Zero a herói num estalar”


trecho da canção Zero a Hero, Hércules, Disney

Mas assim como nos desenhos, nos quais a jornada do herói tem seus pontos altos e baixos, Jair está em guerra com seu pior inimigo. É como jogar uma partida de Mário (aquele encanador dos jogos), lutar contra todos os animais maldosos e chegar ao chefão daquela fase (aquele dragão gigante) antes de salvar a princesa. No caso, a princesa é o Brasil. Os animais “maldosos” estão divididos entre a oposição e o próprio governo, além de parte da mídia que assumiu o papel de fiscalizar de fato. Papel este que deveria ser do legislativo. Mas não é. E a tartaruga gigante que ele tem que matar para poder salvar a princesa? Ele próprio.

Personagens do universo da Nintendo

Suas colocações nas redes sociais tem adeptos e entusiastas mas até os seus estão ficando descontentes com algumas colocações. Desde que assumiu o governo, Bolsonaro luta contra ele mesmo nomeando pessoas problemáticas e falando futilidades e assuntos desnecessários para um presidente da República se envolver.

Charge do site Um Sábado Qualquer

O carnaval parece que foi a gota d’água. Ainda repercute a “performance” do “””ator””” (com várias aspas mesmo) no qual enfia o dedo no cu e tem a cabeça mijada por outro (para os mais pudicos, pode trocar as palavras por ânus e urina). A situação inusitada não agradou a maioria, mas expor a opinião em seus perfis oficiais também não.

Do mesmo jeito que ele critica as fake news, Bolsonaro também começou a produzir suas próprias mentiras. A aparente falta de uma assessoria que faça o meio de campo entre ele e o celular faz com que ele denuncie como fake news até nomeações publicadas no Diário Oficial.

Nesta segunda (11), o presidente respondeu a um tweet do UOL sobre a nomeação do coronel Didio Pereira de Campos. Ele só respondeu: Fakenews!. Mas a nomeação está no DO. Ou ele está no automático rebatendo a imprensa e generalizando que todos produzem mentiras exceto ele ou está desinformado do que acontece no Governo.

Entre o carnaval e esta “fakenews” temos o caso da jornalista do Estado de São Paulo. Ele divulgou parte de uma gravação no qual declarou – e expôs – que Constança Rezende teria tido a “intenção de arruinar o governo”. E para quem ouviu o audio na integra – algo que o presidente não deve ter feito – viu que não era bem assim.

Como empresário do setor de imprensa me preocupa os dois lados da moeda. A da imprensa perseguir e do presidente se ocupar e pré-ocupar demais com o que a imprensa diz ou vai dizer. Ao meu ver parece aqueles adolescentes revoltados vidrados na tela de um celular vendo as postagens dos amiguinhos para poder criticar. O famoso hater.

Charge do site Mentirinhas

Alguns estudos mostram que é mais difícil resistir à tentação de acessar as redes sociais do que dizer não ao álcool e ao cigarro. Esse vício tem até nome: nomofobia. E deve ser tratado como qualquer outro. Como bom brasileiro, não vou desistir do governo nem do presidente. Desde a criação da bomba atômica, nunca uma invenção fez tão mal para um país: tirem o celular dele.

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