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sexta-feira, 19 abril, 2024

Cachorros estão sendo vacinados contra o câncer; humanos podem ser os próximos

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Stephen Johnston não é oncologista, mas está liderando uma pesquisa revolucionária sobre câncer. Ele é cientista, inventor e diretor do Centro de Inovação em Medicina da Universidade Estadual do Arizona. Sua pesquisa é um ensaio clínico para testar uma vacina contra o câncer em centenas de cachorros nos Estados Unidos.

O estudo vai testar se a vacina atrasa ou previne uma variedade de cânceres em cães saudáveis e idosos. Se for bem sucedido, diz Johnston, isso poderia estabelecer as bases para o desenvolvimento de uma vacina semelhante para seres humanos.

Por que cachorros?

Johnston inicialmente queria testar a vacina em humanos, mas enfrentou grandes obstáculos tanto em custos quanto em liberações legais. Então conheceu o veterinário Doug Thamm, um sobrevivente de câncer e diretor de pesquisa clínica no Centro de Câncer Animal da Universidade do Estado de Colorado.

  • O câncer é na verdade a principal causa de morte em cães adultos – diz Thamm à CNN. – Eles desenvolvem esses tumores espontaneamente como resultado da velhice de uma forma muito semelhante à que os humanos fazem.

Muitos tipos de câncer canino são semelhantes ao câncer humano em nível muscular. Isso tem muito a ver com o fato de compartilharmos ambientes em comum, explica Thamm. Respiramos o mesmo ar, bebemos a mesma água, corremos em gramados pulverizados com os mesmos produtos químicos. Thamm disse a Johnston que os cães também são ideais para um estudo como este porque eles não vivem tanto quanto os seres humanos, então os pesquisadores serão capazes de ver se a vacina funciona em três a cinco anos, em vez de esperar décadas.

Assim, Thamm e Johnston começaram o Estudo da Vacinação Contra o Câncer Canino, que dizem ser o maior ensaio clínico intervencionista em cães. Como parte da pesquisa, os veterinários selecionam os participantes voluntários para quaisquer problemas de saúde. Metade dos cães receberá a vacina e a outra metade receberá um placebo. Nem os donos nem os veterinários sabem quais cães estão recebendo a vacina, por isso não podem afetar os resultados do estudo. Os cães receberão quatro doses inicialmente, e depois reforços anuais durante cinco anos, contanto que o estudo continue.

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