A partir da suspeição do ex-juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), prioridade em seu julgamento nesta segunda-feira (24).
O pedido de liberdade, apresentado em 2018, é um habeas corpus em que a defesa de Lula aponta a suspeição de Moro e questiona a atuação dele no processo em que o ex-presidente foi condenado.
O habeas corpus estava na pauta de julgamento da Segunda Turma do Tribunal nesta terça-feira (25), mas foi retirado da programação. A presidente do colegiado, que comanda a pauta da Turma, é a ministra Cármen Lúcia.
Em pedido apresentado ao STF no início desta tarde, a defesa de Lula solicitou que o pedido de liberdade do ex-presidente seja julgado à frente dos demais processos em pauta.
Os advogados de Lula ainda alegam que ele é idoso e que está preso ha 443 dias. Os advogados citam um dispositivo do regimento interno do STF que diz que os processos que já começaram a ser julgados devem ter preferência.
O caso de Lula começou a ser julgado ainda no ano passado, e dois ministros da Segunda Turma já votaram contra conceder a liberdade do ex-presidente: Luiz Edson Fachin e Cármen Lúcia.
Como o pedido da defesa é endereçado à presidente da Segunda Turma, Cármen Lúcia, caberá a ela a decisão de incluir novamente o habeas corpus de Lula na pauta do colegiado.