A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Jundiaí fez uma apuração diante do caso da menina de 13 anos que alegou ter sofrido um estupro no ultimo dia 12 deste mês e concluiu que a menina mentiu para a Polícia Civil. A adolescente confessou que inventou a história por ter se atrasado para voltar para casa da escola, e por este motivo temia que a mãe ficasse brava, levando a inventar a mentira e, inclusive, ter forjado a cena do crime onde deixou seus pertences.
De acordo com a investigadora-chefe Lilian Picchi, da equipe da delegada Renata Yumi Ono e responsável pelo esclarecimento do caso, no dia do suposto estupro, a menor esteve com o namorado, de 15 anos, e se atrasou para ir embora.
Quando chegou em casa, a garota sujou a calça propositalmente e garantiu para a mãe que homem de aproximadamente 20 anos, teria a estuprado em uma área de mata.
Através da afirmação, a Polícia Militar foi mobilizada para acompanhar a menor junto da mãe até o Plantão Policial, na Avenida Nove de Julho, onde a suposta vítima confessou o estupro com o registro de um boletim de ocorrência.
A mentira apareceu:
A investigadora-chefe explicou que contradições da garota durante depoimento já na DDM fizeram com que o setor de inteligência da unidade, considerada especializada da Polícia Civil, desconfiasse da veracidade das afirmações. Por conta disso, diversas diligências foram feitas, incluindo uma que possibilitou um exame médico detalhado na estudante, sendo o resultado negativo.
O laudo comprovou que a jovem não era mais virgem, fato confirmado por ela mesma, que disse ter feito sexo com o namorado uma única vez, na época no Carnaval deste ano. Outras diligências incluíram conversa com o namorado da estudante, a mãe dele e a mãe da declarante. Policiais da DDM também foram ao local do suposto crime, encontrando pertences da estudante deixados por ela mesma para forjar o estupro.
Aprendeu a mentir com a avó:
Durante o depoimento da menina, ela afirmou ainda que aprendeu a mentir com a avó, com a qual viveu até seus 11 anos, e afirmou mentir com frequência.
Ela disse que, em certa ocasião, a parente a orientou a mentir quando quisesse alguma coisa, e que deveria fazer isso quando as pessoas estivessem “distraídas”.
A menina também contou que faz uso de remédios controlados – o detalhe foi confirmado pela mãe.
