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quinta-feira, 28 março, 2024

Saída de médicos cubanos não afeta região de Jundiaí

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Em novembro do ano passado o governo de Cuba ordenou a volta de todos os profissionais cubanos que participavam do programa Mais Médicos. A medida foi tomada depois que o presidente Jair Bolsonaro criticou os termos do acordo, fora o governo de Miguel Diaz-Canel que considerou as declarações de Bolsonaro ameaçadoras e depreciativas.

Desde então, o Ministério da Saúde abriu editais para preencher as 8.517 vagas deixadas pelos cubanos; 7.120 foram preenchidas por médicos formados no Brasil e as 1.397 vagas que sobraram foram oferecidas para os brasileiros formados no exterior. Em todo o Brasil, até o início de abril deste ano, 1.052 médicos brasileiros desistiram do programa.

O Novo Dia Notícias foi buscar junto aos 19 municípios próximos à Jundiaí como ficou o preenchimento das vagas deixadas pelos cubanos e o atendimento realizado por meio do Programa Mais Médicos.

Em Jundiaí, a Unidade de Promoção da Saúde informou que das dez vagas do programa federal Mais Médicos para atuar pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), apenas três eram preenchidas por cubanos, mas foram preenchidas rapidamente.

As duas vagas disponíveis são resultado do desligamento por parte de médicos brasileiros e por razões particulares e individuais. A reposição depende de indicação do programa federal, que vem priorizando regiões do país com mais vulnerabilidade social. A UGPS garante que nenhum paciente deixou de ser assistido uma vez que a Prefeitura recolocou médicos para o atendimento, seja por meio de convênio com o Hospital São Vicente, ou por meio de concurso.

A Secretaria de Saúde de Cabreúva informou que havia oito médicos trabalhando na cidade: sete cubanos e um brasileiro; hoje, são cinco. Desde a substituição do programa Mais Médicos por médicos brasileiro, houve a desistência de dois profissionais e o fim do contrato de um, que não foi renovado.

O Ministério da Saúde foi automaticamente informado das desistências, e o município aguarda o parecer sobre a reposição desses profissionais, sem qualquer previsão de prazo.

Enquanto isso, os médicos da rede básica de saúde foram remanejados para que não causasse prejuízo no atendimento. O município admite que as agendas dos médicos desistentes tiveram que ser redistribuídas para outros profissionais da rede, o que ocasionou alguns transtornos.
Em Itatiba, a Secretaria de Saúde conta que existia convênio de cinco médicos cubanos que atuavam no município. Com o retorno desses profissionais de saúde a seu país de origem, a cidade realizou concurso público e todas as vagas foram preenchidas e houve apenas uma desistência.

Essa contratação de médicos foi feita de forma emergencial via Fundação do ABC (Empresa que administra as Unidades do Programa Saúde da Família). Para evitar que a população não ficasse sem atendimento a alternativa foi o revezamento entre os médicos. Dessa forma, a Secretaria de Saúde garante que todo cidadão de Itatiba tem recebido atendimento.

Já em Itupeva, cinco médicos deixaram o município após o rompimento do convênio do programa Mais Médicos, mas sem deixar sequelas ao atendimento oferecido à população.

Apesar da desistência de dois profissionais, todas as vagas foram preenchidas. O último médico foi reposto em fevereiro de 2019. A Secretaria de Saúde remanejou Clínico Geral da rede para assistir os pacientes da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Monte Serrat.

A Prefeitura de Campo Limpo Paulista informa que dez médicos cubanos deixaram a rede municipal de saúde e, na sequência, dez novos médicos brasileiros ocuparam essas vagas por meio do programa Mais Médicos, desses quatro profissionais acabaram desistindo do programa.

O Ministério da Saúde já foi acionado, mas ainda não realizou as reposições. Os pacientes que estavam agendados foram atendidos por outros clínicos na mesma Unidade Básica de Saúde (UBS), sem prejuízo aos agendamentos.

A Prefeitura de Campo Limpo Paulista informa que dez médicos cubanos deixaram a rede municipal de saúde e, na sequência, dez novos médicos brasileiros ocuparam essas vagas por meio do programa Mais Médicos.

Em Salto, os três médicos cubanos que se desligaram da rede de saúde tiveram suas vagas preenchidas por meio do processo seletivo realizado pelo Ministério da Saúde. A Secretaria de Saúde de Salto registrou uma desistência que logo foi preenchida.

Segundo informou, quando ocorre uma situação de ausência de profissional, as outras equipes de estratégia do Programa de Saúde da Família, ou os demais profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS), realizam a cobertura dos atendimentos, priorizando os casos urgentes. Os pacientes não deixaram de ser atendidos.

Em novembro passado, com a retirada de Cuba do programa, Franco da Rocha perdeu nove médicos. Os nove foram repostos, mas quatro desistiram e até agora só uma vaga foi reposta. A prefeitura aguarda ainda a finalização de um novo edital que está em aberto para preencher as vagas que permanecem.

Onze profissionais ligados ao programa Mais Médicos foram disponibilizados ao município de Várzea Paulista. Na primeira mudança do programa, Várzea Paulista preencheu todas as vagas, nos últimos meses houve duas desistências, que já foram novamente preenchidas.

Municípios como Caieiras, Itu, Jarinu, Vinhedo, Louveira e Morungaba não estão inscritos no Programa Mais Médicos e, portanto, não foram contemplados com médicos cubanos.

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