O pedido foi da companhia aérea holandesa KLM e causou bastante polêmica. A empresa pediu que as mães se cubram ao amamentar seus filhos durante os voos para “garantir que passageiros de todos as origens se sintam cômodos a bordo”.
Em resposta a uma usuária do twitter, a KLM afirmou que “é permitido” amamentar em seus voos, mas que, às vezes, é necessário pedir às mães que se cubram “caso outros passageiros se ofendam com isso”.
A primeira denúncia sobre a nova política da companhia foi feita no começo desta semana pela mãe californiana Shelby Angel. Seu post relatando que, em um voo com a KLM de San Francisco para Amsterdã, estava amamentando sua filha de um ano porque “o acalma e o ajuda a dormir” durante a viagem viralizou no Facebook.
“Antes de decolar, uma aeromoça se aproximou com uma manta e me disse que se desejasse continuar, precisaria me cobrir. Me neguei porque minha filha não gosta de ser coberta e isso a incomodaria quase tanto como não dar o peito”, escreveu a mulher.
Angel apresentou uma queixa formal à KLM e a resposta foi que “a reação desta aeromoça está em linha com a política da companhia”. Por esse motivo, a mãe decidiu publicar a denúncia e também a resposta companhia holandesa.
A mãe lamentou que a companhia aérea “prefira manter valores antiquados que envergonham os corpos das mulheres” e pediu a outras mães que não voem com a KLM se pretendem amamentar seus filhos durante a viagem.
Em defesa, uma porta-voz da empresa ressaltou que a companhia aérea internacional transporta “passageiros com uma variedade de origens” e garantiu que “se queixam com o pessoal” da cabine se virem uma mãe amamentar.
“Para manter a paz a bordo, em tais casos, tentaremos encontrar uma solução que seja aceitável para todos e que mostre respeito à comodidade e ao espaço pessoal de todos. Isto pode incluir pedir a uma mãe que cubra seu peito”, acrescentou o porta-voz.
Desde quarta-feira (17) a KLM tem recebido uma chuva de críticas nas redes sociais e, na maioria, sugerindo transferir o passageiro incomodado para outro assento, para que não se queixe da mãe amamentando. Outros lamentam que a companhia “não apoie” a lactação materna.
Como forma de protesto, dezenas de mulheres de diferentes países estão compartilhando na conta oficial do Twitter da KLM fotografias amamentando seus filhos.