Em outubro, há o risco de terminar o prazo para que interessados em ser candidatos no próximo ano (eleições municipais) se filiem a algum partido político. Risco porque uma hora é uma coisa, noutra hora é outra. Em Jundiaí, há situações complexas e difíceis de entender. Há gente falando em nome do partido, porém essa gente não consta como tendo qualquer responsabilidade perante a Justiça Eleitoral. Há partidos que praticamente não existem oficialmente.
Há também muitos diretórios provisórios, que mudam de mãos conforme a conveniência de diretórios estaduais ou até mesmo nacionais. E há partidos que podem ser vistos como exemplo de organização. Caso curioso é o PSL, partido do presidente Bolsonaro, que no sábado (17) fará uma “campanha de filiação em massa”.
Acontece que para a Justiça Eleitoral o PSL não existe em Jundiaí desde 31 de dezembro de 2016. Seu diretório consta como provisório, mas não se sabe quem é seu presidente. Pelo menos a Justiça Eleitoral não tem conhecimento. Extra-oficialmente o PSL tem como presidente Marcos Dantas. Mas já teve disputas mais acirradas. O problema é outro: não estando em vigência, as filiações do PSL terão validade?
O PTB, também com diretório provisório, consta como “não vigente”. Está suspenso por falta de prestação de contas, e sua validade terminou em agosto do ano passado. O combativo PSOL é outro que não está valendo – está suspenso por falta de prestação de contas desde julho do ano passado. É o mesmo caso do PPL, suspenso por falta de prestação de contas desde novembro de 2016. O PCdoB está na mesma situação desde dezembro de 2017.
E há outras situações curiosas. Para a Justiça Eleitoral, Caio Navigli é o tesoureiro do DEM. Só que atualmente Caio é o responsável por reorganizar o PSDB, ajudando na montagem de chapas de candidatos a vereador. No Progressistas (antigo PP), consta ainda para o TSE o nome do ex-vereador Antonio Carlos Pereira Neto, o Doca, que já morreu. Está como inativo. O PT tem seu diretório com prazo de validade até dezembro deste ano.
