Luiz Henrique Medina, mais conhecido como Kaíke, é mesatenista paralímpico brasileiro. Entre outras remiações, Kaíke conquistou quatro medalhas em Jogos Parapan-Americanos, uma de ouro, uma de prata e duas de bronze.
Até aí nada muito fora do comum, mas o que traz interesse maior a essa história vitoriosa de vida é o fato de Kaíke ter nascido sem os dois antebraços, uma perna, o maxilar e a língua. Abandonado pelos pais, ele foi acolhido pelo Lar Escola São Francisco aos três anos de idade, tendo sido criado e realizado todos os tratamentos cirúrgicos e reabilitação naquela instituição, extinta em 2012, quando foi incorporada pela Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).
Durante o processo de reabilitação, foi submetido a mais de quarenta cirurgias, durante os mais de vinte anos em que foi cuidado pela instituição.
Depois de se formar em Biologia pela Universidade de São Paulo (USP), prestou concurso público para especialização em Citologia no Instituto Brasileiro Contra o Câncer (IBCC), sendo o primeiro colocado. Foi analista de câncer ginecológico na Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo durante trinta anos.
Começou a praticar tênis de mesa em 2000, quando se aposentou do IBCC, tornando-se profissional nessa modalidade. Para conseguir jogar, Kaíke prende a raquete ao seu antebraço, e, graças à sua carreira no esporte profissional, conheceu doze países.
Kaíke esteve em Francisco Morato para fazer palestra sobre superação e uma breve demonstração de como ele joga tênis de mesa no Teatro Laura Bressane, no CSU, com o tema Vencendo o Impossível. A palestra fez parte das comemorações da 2ª Semana da Educação Física de Morato.
