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sábado, 20 abril, 2024

O Século das Cidades

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O mundo vive momentos de erupção e os dados são relevantes: aumento da natalidade com projeção de 9 bilhões de habitantes para 2030; 84,7% destes cidadãos morando nas cidades, uso intensivo de tecnologia pela maioria absoluta da população querendo externar suas opiniões e questionando o modelo de gerenciamento urbano atual.

Disrupção na veia, impactando no dia a dia dos municípios e rompendo com paradigmas há muito presentes na vida das pessoas. Para aqueles que gostam de fazer projeções e colocar o pensamento para os próximos vinte ou trinta anos, os sintomas são os mais perversos.

Saudabilidade, bem estar, sustentabilidade, produtividade alimentar e cidadania participativa estarão sendo colocados à prova neste período de grandes questionamentos. Na verdade, a humanidade passa por um período de paradoxos iminentes.

Enquanto os países em desenvolvimento “despejam” milhões de novos consumidores impactando o meio ambiente, os países desenvolvidos “lutam” para proteger a Amazônia. Do ponto de vista da sustentabilidade, esta situação é insustentável…

Por outro lado, nosso entendimento é que neste século, e diante das inquietações universais, haverá uma percepção que serão os municípios os grandes agentes de transformação do “modus vivendi” que perdurou por tantos anos no mundo.

A visão géo-política nos permite dizer que é no município que ocorrerá as grandes transformações mundiais e se acelerarão o entendimento e multiplicação das novas iniciativas e boas práticas de convivência entre as pessoas. Para tanto, tecnologia e sustentabilidade deverão ser os grandes pilares de projeção desta nova articulação universal em prol do bem estar da humanidade.

Considerando-se estas premissas poder-se-á afirmar, com todas as letras, que esta tendência já é uma realidade em várias cidades. Alta tecnologia a serviço da melhoria da vida do cidadão está disponível, desde o atendimento à saúde até a melhoria e controle da segurança nos municípios.

Eficiência energética, uso racional da água, mobilidade, destino final do lixo, passam a ter prioridade na gestão das cidades, além da educação ambiental permanente. Aumentar o plantio de árvores, formando bosques urbanos, é uma das prioridades imediatas e contínuas a ser desencadeada nos municípios. E isto impacta diretamente o cidadão e minimiza os efeitos das emissões de carbono.

Caberá aos gestores públicos terem a percepção sobre estas questões e o entendimento sobre as expectativas que a população por eles dirigida tem neste novo modelo. Acelerar as decisões, inovar as práticas, estar sensível às questões ambientais, inspirar as pessoas para um posicionamento empoderado de cidadania colaborativa nas tarefas inerentes e irrefutáveis dos dirigentes municipais responsáveis por esta ruptura na governança. Temos bons motivos para acreditarmos que isto é possível.

LÍVIO GIOSA
Presidente da Associação Paulista Viva e do Conselho Nacional de Defesa Ambiental

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